A linguagem pode ser um pouco excessiva, mas Rui Rio tem razão.
A excepção aberta para o sector empresarial do Estado está profundamente ferida de imoralidade.
Se os salários são reduzidos, não se entende que haja excepções ainda por cima para pessoas que já auferem vencimentos elevados.
O argumento das regras dos mercados não colhe. Se há quadros que podem sair para os privados, deixem o mercado funcionar. Não faltará quem ocupe os lugares.
Já é tempo de superarmos este sebastianismo em que alguns se consideram insubstituíveis fazendo, assim, valer os seus créditos e as suas posições.
Se tais quadros são importantes, os outros trabalhadores não o são menos.
O que mais espanta é que, no essencial, os dois principais partidos parecem estar de acordo.
É preocupante ver esta dependência da política em relação aos ditames do capital.
Entretanto, o povo vai sofrendo.