O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 16 de Novembro de 2010

«A arte de viver é simplesmente a arte de conviver. Simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!».

Assim escreveu (espantosa e magnificamente) Mário Quintana.

publicado por Theosfera às 12:07

Falar, hoje em dia, não é um acto inócuo nem gratuito.

 

Falar leva, cada vez mais, a ganhar e a perder dinheiro.

 

As declarações dos nossos responsáveis governativos e dos líderes da oposição repercutem-se lá fora e os mercados reagem. Quase sempre, negativamente.

 

Há que ter cuidado com o que se diz. Há sobretudo que não perder a convicção, a clareza e, já agora, também algum pudor.

publicado por Theosfera às 11:11

O maior é uma obsessão para muitos. Fazem tudo e pisam quase todos para o conseguir. Ou, pelo menos, para o presumir.

 

Como se sabe, Jesus verbera tal comportamento. E o Evangelho fala, curiosamente, sobre o maior. Só que em causa está o maior mandamento.

 

 Este, sim, é a prioridade. O maior mandamento é o amor: a o amor a Deus e o amor ao próximo.

publicado por Theosfera às 10:44

Faz hoje vinte e um anos que o reitor da Universidade Centro-Americana foi assassinado juntamente com outros colegas.

 

O Padre Ignacio Ellacuría foi um dos discípulos dilectos de Zubiri e o primeiro a fazer uma tese de doutoramento sobre a sua obra.

 

Deixando uma carreira descansada na Europa, foi para a América Latina pugnar pela justiça em nome do Evangelho.

 

Vidas assim sobrevivem, mesmo depois da morte.

publicado por Theosfera às 10:39

De facto, parece mesmo haver palavras a mais na vida pública em Portugal.

 

E o problema é que as palavras não sabem a palavras, mas a mero som e a (im)puro ruído.

 

As palavras que são reproduzidas não infundem segurança. Antes difundem incerteza e abalam a esperança, já por si abatida.

 

Há que ter ponderação. Há que dosear as intervenções.

 

O problema não é tanto o ruído. O problema é serem sempre os mesmos a falar, a falar uns para os outros, uns dos outros, uns contra os outros.

 

É deprimente.

 

Só que a alternativa não é melhor. O que a televisão, por exemplo, nos oferece degrada o mais insensível. É depressivo.

 

Precismos de palavras que saibam a esperança, a confiança e a verdade. Precisamos de palavras que não nos cansem das palavras.

publicado por Theosfera às 10:29

O Evangelho inclui uma frase que, certamente, causa alguma perplexidade. É quando Jesus diz: «O Pai é maior do que Eu» (Jo 14, 28).

 

É que sempre nos ensinaram que nenhuma pessoa da Santíssima Trindade é mais divina que as outras. O subordinacionismo sempre foi combatido pela Igreja.

 

O primeiro concílio ecuménico, ocorrido em Niceia (325), trata precisamente de deixar bem claro que o Filho é da mesma substância que o Pai.

 

Como entender, então, esta afirmação? Não haverá uma contradição?

 

 Houve quem falasse do Filho como um segundo Deus ou como uma espécie de Deus de segunda ordem. Foi o caso de Ario.

 

Como entender, então, esta afirmação? Será que o Pai é mesmo maior que o Filho? Como articular esta frase com uma outra: «Eu e o Pai somos um só» (Jo 10, 30)? 

 
 Haverá contraste? O Filho é menor ou é igual ao Pai? Digamos que ambas as afirmações estão certas, como é óbvio.
 
 Segundo M.A.Fernando, as «relações entre o Pai e Jesus não podem expressar-se em termos de uma igualdade absoluta, sem qualquer resíduo de diferença. Também não se podem expressar dizendo que o Pai é 'melhor' que o Filho; ou vive-versa, que o Filho é 'melhor' que o Pai, porque carregou sobre as Suas costas com a parte mais dura da redenção; de facto, são muitos hoje os que vêem com mais simpatia a Jesus que o Pai, cuja maneira de tratar o Seu Filho e de governar o mundo os escandaliza.
 
João não hesitou em dizer na primeira página do seu evangelho que Jesus Cristo é a Palavra que 'já existia no princípio junto do Pai e na qualidade de Deus', mas também não titubeia quando põe na boca de Jesus esta afirmação: 'o Pai é maior que Eu'.
 
 É impensável que o evangelista se tenha esquecido do prólogo quando escrevia 14, 28. Logo não há contradição entre ambas as expressões. Isso quer dizer que o leitor deverá esquecer as conotações de superioridade e inferioridade qualitativa, que acarreta o termo 'maior' na linguagem comum.
 
Assim, pois a expressão o Pai é maior que Eu significa, antes de tudo, que na origem do mundo e da salvação dos homens há uma pessoa concreta: o Deus que é Pai, por impulsos de amor, comunica a  Sua vida eterna aos homens, por Seu Filho, que é também uma pessoa concreta: Jesus de Nazaré, distinto do Pai mas participante da Sua própria vida divina».
 
 
Em síntese e de acordo com Mateus-Barreto, o Pai é maior não porque seja mais divino, mas porque «n'Ele Jesus tem a Sua origem (1, 32; 3, 13.31; 6, 51), o Pai O consagrou e enviou (10, 36) e tudo o que tem procede do Pai (3, 35; 5, 26s; 17, 1)».
 
publicado por Theosfera às 10:21

«Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar».

Assim escreveu (pertinente e magnificamente) Nietzsche.

publicado por Theosfera às 10:19

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