Impressiona ver como as pessoas que estão mais perto da luz são também aquelas que mais experimentam a escuridão.
A aridez e a secura sempre acompanharam, quais intrusos, as pessoas com uma vida espiritual mais fecunda.
Santa Teresa de Ávila quase desesperou com a ausência de vontade de rezar. S. João da Cruz atravessou muitas noites de espírito. Santa Teresa de Lisieux verteu páginas de uma tal angústia que houve quem as amenizasse aquando da publicação da História de uma alma.
Madre Teresa de Calcutá (três Teresas envolvidas nestas histórias de sofrimento!) também teve a visita da escuridão. As provações atingiram a vértebra da sua alma.
Ela mesma confessou: «Se eu, alguma vez, vier a ser Santa, serei, com certeza, uma santa da escuridão. Hei-de estar permanentemente fora do céu a iluminar os que, na terra, se encontram na escuridão».
É verdade que a luz resplandece mais na escuridão. Mas não deixa de ser sintomático que se acentue mais a dor da escuridão do que a fruição da luz.
Mistérios que só Deus, no Seu Espírito, logrará decifrar...