O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 01 de Novembro de 2010

Neste dia, tudo parece ungido com uma certa timidez. Até o sol espreitou e a chuva se conteve. O vento pulava pelos cemitérios, enxugando as lágrimas que batiam a face e se sepultavam no coração.

 

Neste dia de todos os santos, recordamos tantos que surgem ante nós como modelos de bondade e referências de vida.

 

Foram nossos pais, vizinhos, amigos. Tornaram-se as vértebras do nosso caminhar.

 

Hoje, os sorrisos, sinceros, despontam um pouco feridos.

 

A nossa história mora já, em grande parte, debaixo da terra.

 

Lá cumpri também o meu ritual. Com toda a minha família, fui à Senhora da Guia.

 

E, no cemitério, além de orar por meu querido Pai, lembrei o que minha amada Avó me disse no dia 1 de Novembro de 1974: «Meu neto, para o ano, já me vens visitar aqui também».

 

Não estava sequer doente. Mas viria a falecer logo no mês seguinte, a 30 de Dezembro.

 

Os meus nove anos de então ficaram atordoados.

 

Uma vez mais, gostei de rever aquela gente que sempre me disse muito e que recordo tanto!

publicado por Theosfera às 18:53

Quem mais ama é quem mais sente e quem mais sofre.

 

Deus quer a Igreja. Diria mesmo que Se arriscou a querer a Igreja. Mas, ainda assim, quis a Igreja.

 

Como dizia S. Cipriano, «ninguém pode ter a Deus por Pai se não tiver a Igreja por Mãe».

 

Deus é o maior amante e, por isso, é também, o maior crítico da Igreja.

 

Com todos os defeitos, é esta a Igreja que Deus quer.

 

Ele não quer outra Igreja. Quer, sim, uma Igreja outra.

 

Estará a Igreja disposta a colaborar com Deus?

publicado por Theosfera às 18:52

De muitos sabemos o nome. Acerca de muitos mais nem sequer alvitramos a existência.

 

Uma coisa este dia põe à tona: são muitos mais os santos do que aqueles que conhecemos, do que aqueles que figuram no calendário.

 

A santidade é para todos. O Concílio Vaticano II falava da «vocação universal à santidade».

 

A santidade consuma-se na eternidade, mas constrói-se aqui, no tempo. A santidade é deixar que Deus aconteça em nós.

 

A santidade é a surpresa da paz, da harmonia, da superação do ímpeto do momento. A santidade não é estrepitosa. É silenciosa, mas interveniente, calma, interpelante.

 

A santidade está ao alcance de todos, de ti também, meu Irmão. Quanto mais longe te consideras, talvez mais perto te encontres. De Deus. De ti. Da vida.

 

Que ninguém se sinta à margem. A santidade não é a ausência de defeitos. Houve santos que pegaram em armas, que mataram, que defenderam a pena de morte. Mesmo assim, Deus não os abandonou. E eles deixaram-se tocar.

 

A santidade ocorre na estrada, na casa, no trabalho. A santidade é o mergulho no eterno. Ela tem de ser alimentada. O segredo? Vive a vida segundo a tua consciência. Deus mora lá. No fundo do teu ser.

 

Com Aquele que perdoou, aprendamos a perdoar. Com Aquele que deu, aprendamos a dar.

 

Com Aquele que amou, aprendamos a amar. Com Aquele que é bom, aprendamos a ser bons.

 

Vale a pena parar hoje, para melhor (re)começar amanhã.

publicado por Theosfera às 18:20

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