Tenho aprendido a valorizar, cada vez mais, aquilo que poderíamos denominar sacramento da rua.
Na verdade, tenho encontrado Deus, com um rosto sofrido, em tantos seres humanos com quem me cruzo na rua.
Encontro Deus, com uma face amorosa, nas praças, nos hospitais, nos lares. Deus está vivo nos pobres, nos esquecidos, nos explorados, nas vítimas da injustiça.
Há tanta gente que está à nossa espera: à espera de um gesto, de um sorriso, de um abraço, de uma mão estendida.
Há tanta gente à espera de uma palavra, mesmo que essa palavra não ultrapasse as fronteiras de um silêncio solidário.
É preciso descer as escadas. É urgente viver a vida das pessoas. É imperioso estar onde está Deus. E alguém pode negar que Deus (também) está na rua?
Quem se dispõe a acolhê-Lo?