É bom que haja contributos para superar a crise e aumentar a produtividade.
Não sei se a via administrativa será a melhor.
Voltou a discussão em torno dos feriados.
Há quem queira reduzir o seu número ou atenuar os seus efeitos, encostando-os ao fim-de-semana.
É que há feriados que se replicam. Se o feriado é à quinta, a sexta transforma-se num novo feriado em virtude da ponte.
O dia a seguir ao Natal, não sendo feriado, transformou-se num dia de descanso.
O Carnaval, não sendo feriado de jure, aparece como um feriado na prática.
E assim por diante.
O problema, convenhamos, é de mentalidade.
Se o feriado é à quinta, porque não trabalhar na sexta?
Depois, a dimensão simbólica é fundamental. Uma data deve ser respeitada.
E, acima de tudo, há que fazer esta pergunta.
Será que o nosso problema é o que não se produz nos feriados ou o que se deixa de produzir nos dias de trabalho?
Estou cada vez mais persuadido de que a palavra-chave para o testemunho crente no mundo é diferença. Como estou também simetricamente convencido de que a tentação maior para a vida cristã é a diluição.
Jesus quer-nos no mundo. Mas não para nos diluirmos no mundo. No mundo sem dele ser, dizia Paul Valadier.
Há que corporizar, pois, a diferença cristã, procurando reproduzir sem cessar a experiência e o porte de Jesus: a Sua oração, a Sua disponibilidade, o Seu sacrifício, a Sua paz.
Estaremos dispostos a isso?