A 3 de Junho de 1963, falecia, em Roma, o Papa bom, João XXIII.
Nasci e cresci a ouvir falar deste Homem.
Minha querida Mãe estava sempre a invocar o nome desta figura enorme da Igreja e da Humanidade.
Quem acompanhou a sua trajectória e leu os seus escritos ficou sempre com esta impressão: João XXIII era indulgente com os outros e exigente consigo mesmo.
O seu lema, tirado de Barónio, era «obediência e paz».
Escrevia em 1947: «Em casa, tudo vai bem. A paciência ajuda-me nos meus defeitos e nas minhas imperfeições e dos que trabalham comigo. O meu temperamento e a minha educação ajudam-me no exercício da amabilidade para com todos, da indulgência, da cortesia e da paciência. Não me afastarei deste caminho».
Reencontrar João XXIII é sempre um conforto que nunca cansa: «Não há nada mais excelente que a bondade. A inteligência humana pode procurar outros dons eminentes, mas nenhum deles se pode comparar à bondade».
E, atenção, «o exercício da bondade pode sofrer oposição, mas acaba sempre por vencer porque a bondade é amor e o amor tudo vence».