Na transumância de valores que estamos a viver, há padrões que se vão alterando.
Hoje, regista-se, com prazer, que a juventude se prolongue até tarde.
Porque é que não se há-de anotar, com igual contentamento, que a maturidade se atinja cedo?
É bom que se seja sempre jovem, robusto. Mas isso não contende com a maturidade, a adultez.
O problema é quando estes movimentos se dão à custa uns dos outros. Ou seja, quando nos sentimos jovens mas não maduros.
O facto de vivermos até cada vez mais tarde não devia ser impedimento para que procurássemos alcançar a maturidade cada vez mais cedo.
A juventude é maravilhosa, mas porque é que a ancianidade também não o há-de ser?
Porque é que os jovens com mais idade hão-de ser arrumados, abandonados, quiçá esquecidos?
Viver inteiramente cada momento da vida eis o segredo da felicidade, da alegria e da realização pessoal.