O Governo, pela voz do Ministro das Finanças, já antecipa tensão social.
É que, em nome da redução do défice, os impostos vão mesmo aumentar. Em causa estão não apenas os impostos sobre o trabalho, mas também os impostos sobre o consumo.
As medidas para controlar as contas públicas e fazer descer o défice já este ano para os 7 pontos (ao invés dos oito inicialmente previstos), forçadas por Bruxelas, vão obrigar a um agravamento generalizado de impostos já este ano.
Delegações do PSD e do Governo têm estado toda a semana a negociar as medidas a apresentar. O acordo está praticamente fechado e Pedro Passos Coelho e José Sócrates devem mesmo encontrar-se amanhã, quinta-feira, para o selar.
Uma das medidas acordadas é um corte nos salários dos titulares de cargos políticos, gestores de empresas públicas, de entidades reguladoras e outras, que chegará aos 5%.
Na véspera, Pedro Passos Coelho já tinha anunciado esta proposta, com um valor de 2,5%, entretanto revisto em alta.
Mas os cortes vão muito além dos salários dos políticos.
Isto não vai ser fácil. Mesmo nada fácil.