Bento XVI referiu o centenário da República como um acontecimento que «abriu na distinção entre Igreja e Estado, um espaço novo de liberdade para a Igreja», que está «aberta a colaborar com quem não marginaliza nem privatiza a essencial consideração do sentido humano da vida».
Esse diálogo não significa «um confronto ético entre um sistema laico e um sistema religioso», antes traduz «uma questão de sentido à qual se entrega à própria liberdade».
Não se trata de uma cedência ao politicamente correcto. Trata-se de perceber que qualquer regime pode ser espaço de convivência e de promoção dos valores.
Em todo o regime, há lugar para os crentes percorrerem os seus caminhos.
Os crentes são cidadãos. Não correm ao lado nem andam por fora.
Não é a república que impede a Igreja de exercer a sua missão. Com humildade e coerência. A bem da paz e da justiça.