Jesus nunca vacilou mesmo no limite da Sua reputação e da Sua coerência.
Ele, que tanto rezou pela unidade da Igreja, não teve medo de vaticinar divisões. Ou seja, a unidade só faz sentido se for assente n’Ele. Mais vale, portanto, a divisão por causa d’Ele do que a unidade sem Ele ou contra Ele.
Para nossa surpresa (e quase para nosso escândalo), Ele chega a dizer que não veio trazer a paz, mas a separação (cf. Lc 12, 51-53).
Christian Duquoc, num registo igualmente provocatório, assinala que «a divisão não se opõe, inevitavelmente, à comunhão».
Às vezes, o que nos parece comunhão pode não passar de um minimalismo agregador de interesses que, no limite, conflituam com a verdade.