O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quinta-feira, 15 de Abril de 2010

A Igreja nascente pautava a sua conduta pela parrhesia, por uma grande coragem.

 

Nem os tribunais conseguiam deter o ímpeto testemunhal dos apóstolos.

 

Deve obedecer-se antes a Deus que aos homens.

 

No século pretérito, D. António Ferreira Gomes fez ecoar esta máxima: «De joelhos diante de Deus, de pé diante dos homens».

 

Vale a pena ser cristão assim. Só assim. Sempre assim.

publicado por Theosfera às 21:26

Ao fim da tarde e de muitas canseiras, a comunidade congrega-se para a Eucaristia.

 

Um ambiente de muita serenidade e confiança.

 

É reconfortante respirar a fé que brota das almas simples e dos corações bons.

 

Que Deus abençoe o Colégio da Imaculada Conceição.

publicado por Theosfera às 21:23

Krónos e Kairós são duas palavras diferentes para tentar dizer o mesmo: o tempo.

 

Krónos é cruel. Filho de Urano e de Gaia, libertou os irmãos do ventre da terra, tornando-se o chefe dos titãs.

 

Receando, porém, um sucessor humano, devorou os seus próprios filhos.

 

Apenas o filho mais novo conseguiu salvar-se: Zeus. Este, quando cresceu, dominou o pai passando a governar os homens.

 

O tempo, tantas vezes, devora as pessoas.

 

Estamos subjugados por ele.

 

Estamos sempre a olhar para o relógio.

 

Suspiramos pelo tempo e chegamos sempre à conclusão de que não temos tempo.

 

Já o Kairós é doce, é suave, é a medida certa.

 

Tem asas nos pés ou nos ombros.

 

Caminha sobre os bicos dos pés.

 

Na testa tem um tufo de cabelo. A nuca é careca.

 

As oportunidades devem ser aproveitadas até porque o momento é efémero como mostra a nuca lisa.

 

O Kairós é representado pelo número sete, que recorda a história bíblica da criação.

 

O Kairós é, pois, o momento decisivo, no qual Deus oferece a felicidade às pessoas.

 

Caminho a seguir? Transformar o Krónos em Kairós, trazendo a eternidade para o tempo.

publicado por Theosfera às 16:00

«Não há menos tormento no governo de uma família do que no de um Estado inteiro».

Assim escreveu (pertinente e magnificamente) Michel de Montaigne.

publicado por Theosfera às 11:40

O momento fundador e o alicerce fundante da Igreja e da sua missão no mundo é o mistério pascal.

 

É nesta base bipolar que o serviço eclesial exibe uma componente teófora e uma vertente antropofânica. Com efeito, o bispo e o padre são aqueles que, no seu agir e sobretudo no seu ser, que nos trazem Deus e que, nesse preciso instante, nos ajudam a desvelar o mistério do Homem.

 

Um pastor modelado pelas mãos do Pai não é um tarefeiro, mas alguém que transporta a imagem que, em Cristo, Deus esculpiu no Homem. No que diz e no que faz, ele como que iconiza o amor que Deus consagra à humanidade.

 

Enquanto «ministro da Trindade» (minister Trinitatis, na linguagem de S. Tomás), o apóstolo é o transmissor do amor por antonomásia. De um amor que tem Deus como absoluto e o Homem como prioridade. De um amor que constrói o Céu sem renunciar à incessante reconstrução da Terra. Tanto mais que, como adverte Paul Valadier, «só se chega mais acima assumindo o que está em baixo». De resto, já S. Gregório de Nazianzo asseverava há séculos que «aquilo que não é assumido não é salvo» (quod non est assumptum non est sanatum).

 

Não há amor sem entrega e não pode haver entrega que não seja ilimitada. É por tal motivo que entregar é o verbo fulcral da Eucaristia e o verbo decisivo da missão.

 

A entrega de Cristo é sacramentalmente actualizada para ser existencialmente reproduzida. No seguimento de Jesus, também o apóstolo se entrega ao Pai por todos os homens.

 

Ao depositar o seu ministério no altar da Cruz e no coração da Trindade, o discípulo certifica a sua disponibilidade para, em cada dia, ser homo Dei («homem de Deus») e homo homnibus («homem para os homens»).

 

O encontro com Deus não contende com o compromisso social nem com o vigor profético. Pelo contrário, aflora como a sua raiz, a sua autêntica alma e o seu permanente alimento.

 

É o amor a Deus que nos impele — imediata e imperativamente — para o amor ao próximo. Pelo que a oração não colide com a missão nem a espiritualidade conflitua com a acção social. Dir-se-ia que há uma espécie de sócio-espiritualidade estribada no duplo mandamento: «Quem ama a Deus, ame também o seu irmão» (1 Jo 4, 21).

publicado por Theosfera às 10:13

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