O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 23 de Março de 2010

Foi sempre uma das referências da minha vida.

 

Só ouvi falar dele quando o mataram, enquanto celebrava a Santa Missa.

 

Nessa altura, 24 de Março de 1980, estava eu, sensivelmente, a meio do meu caminho de formação.

 

D. Óscar Romero foi um apóstolo da verdade e um mártir da justiça.

 

Os seus preferidos eram os preteridos do poder.

 

Ergueu a voz em favor dos sem voz, dos sem pão, dos sem terra e dos sem amor.

 

Só as armas o calaram. Mas nem as armas o extinguiram.

 

Acerca das circunstâncias da sua morte, alguma coisa se vai esclarecendo. Nada que nos espante, aliás. Veja aqui.

 

O seu testemunho perdura. O seu exemplo permanece. A sua coragem frutificará.

 

A humanidade e a Igreja precisam de pessoas assim.

 

Cada vez mais!

publicado por Theosfera às 16:28

«A solidão é essencial à fraternidade».
Assim escreveu (notável e magnificamente) Gabriel Marcel.

publicado por Theosfera às 09:33

Silêncio! Não vês? – Repara:

A manhã fez-se mais clara…

 

Silêncio! Devagarinho…

Cuidado com as pedras do caminho…

 

Silêncio! Não fales…Não…

Deixa-me ouvir bater o coração…

 

Silêncio! Todo o Universo

Está ali – dentro de um berço!

 

Além… Não vês que dorme uma criança?

Silêncio!

      É Deus que descansa.

 

          Miguel Trigueiros

publicado por Theosfera às 09:28

A morte do Filho de Deus mostra que o crente não está isento de dramas nem de dúvidas. Claro que não estaciona na dúvida, abrindo-se constantemente à presença de Deus, tantas vezes manifesta de forma oculta.

 

É o paradoxo da fé: a presença na ausência, a força na fragilidade, o eterno no tempo, a vida na morte.

 

Nem o próprio Senhor Jesus passou ao lado deste drama. A Carta aos Hebreus afiança que Ele morreu no meio de grandes clamores e lágrimas.

 

Manteve, até ao fim, a consciência de que era Filho (Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito), mas nem isso impediu que gritasse usando uma expressão do Salmo 21 que, ainda hoje, dá que fazer à exegese (Meu Deus, Meu Deus, porque Me abandonaste?).

 

A fé não é alienante. Não nos retira da vida. Atira-nos para as profundezas (mais obscuras) do mistério da vida.

 

Os escritos de Madre Teresa levam-nos para esse mar insondável da escuridão: «Não se pense que a minha vida espiritual é um mar de rosas - que é flor que raramente encontro no meu caminho. Bem pelo contrário, o mais frequente é ter como companheira a escuridão». Ao seu director espiritual confidencia: «No meu coração não há fé nem amor nem confiança. Há tanta dor, a dor da ânsia, a dor de não ser querida».

 

Neste tempo, em que somos confrontados com a dor do mundo na dor do Filho de Deus, fique a baloiçar no nosso interior esta palavra de Dietrich Bonhoeffer: «O Homem está chamado a sofrer com Deus no sofrimento que o mundo sem Deus inflige a Deus».

 

Em Cristo, Deus sofre connosco, em nós. Mesmo que não O sintamos.

 

O Senhor Jesus continua a entregar-Se. É o verbo que Ele, hoje ainda, continua a conjugar. Conjuga-o com os lábios. Conjuga-o com o sangue. Conjuga-o com a vida.

publicado por Theosfera às 09:22

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