O futebol sempre me despertou alguma curiosidade sobretudo pelo que se passa à volta dele.
Anda por aí uma tumultuosa discussão por causa do jogador Izmailov. Alegadamente, terá recusado jogar na passada quinta-feira.
Invocou limitações. O médico disse que não viu qualquer agravamenfo do estado físico do atleta.
O recém-nomeado director desportivo terá dito que o referido jogador não joga mais no clube. E terá acrescentado que o nós tem de estar acima do eu.
É aqui que eu queria parar. Aparentemente nada a opor a este axioma. Cada um tem de estar ao serviço dos outros.
Mas será que cada pessoa tem de ser dissolvida no todo? A comunidade não é a mera soma das partes. É o que resulta da interacção entre todos.
A comunidade não pode asfixiar a pessoa. Sem pessoa não há comunidade.
No caso vertente, aliás, até estamos diante de alguém que, no longo tempo em que esteve parado, abdicou de receber o salário a que tinha direito. Haverá muita gente que faça o mesmo?
Se calhar, uma boa conversa dentro resolveria tudo. Muito ruído para fora é que não resolve nada.