O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sábado, 13 de Março de 2010

 

 
O grande Homem é silenciosamente bom...
 
É genial - mas não exibe génio...
 
É poderoso - mas não ostenta poder...
 
Socorre a todos - sem precipitação...
 
É puro - mas não vocifera contra os impuros...
 
Adora o que é sagrado - mas sem fanatismo...
 
Carrega fardos pesados - com leveza e sem gemido...
 
Domina - mas sem insolência...
 
É humilde - mas sem servilismo...
 
Fala a grandes distâncias - sem gritar...
 
Ama - sem se oferecer...
 
Faz bem a todos - antes que se perceba...
 
Não quebra a cana fendida, nem apaga a mecha fumegante - nem se ouve o seu clamor nas ruas...
 
Rasga caminhos novos - sem esmagar ninguém...
 
Abre largos espaços - sem arrombar portas...
 
Entra no coração humano - sem saber como...
 Tudo isso faz o grande homem, porque é como o Sol - esse astro assaz poderoso para sustentar um sistema planetário, e assaz delicado para beijar uma pétala de flor.
 
Huberto Rohen
(Precursor do espiritualismo universalista, escreveu mais de 100 obras onde ofereceu uma leitura ecuménica de temáticas espirituais e uma abordagem espiritualista de questões atinentes à Pedagogia, à Ciência e à Filosofia, acentuando o autoconhecimento, a auto-educação e a auto-realização).
publicado por Theosfera às 11:58

Aprecio muito uma pessoa inteligente. Mas admiro, ainda mais, uma pessoa boa.

 

Não será, aliás, a bondade a suprema inteligência?

 

Já dizia Agostinho da Silva: «O supremo entender é a bondade».

 

Os mestres não erram. E a vida não se engana.

 

publicado por Theosfera às 11:19

Praticamente não há dia nenhum em que não chovam notícias sobre a pedofilia envolvendo figuras do clero católico.

 

Também a mim isto dói profundamente.

 

Nunca fui corporativista. Não é pelo facto de ser padre que não reconheço as fragilidades que nos atingem.

 

O que me penaliza é que chegamos sempre tarde ao reconhecimento dos factos.

 

Porque é que só acordamos quando as coisas são publicitadas e não quando acontecem? Porque é que só damos conta das consequências? Porque é que não reparamos nas causas?

 

Este problema tem muitos ângulos.

 

Há gente que sofre a vida toda com situações deste género. Molestar uma criança como é possível?

 

Recolho-me ao silêncio e à oração. Perdoa, meu Deus, as falhas na Tua Igreja. Perdoai, filhos de Deus, as lacunas dos que O representam.

 

Eu sei que isto não tem perdão. Mas o perdão é, como mostra Jesus e como avisa Hannah Arendt, para quem o não merece.

 

O pecado está em toda a toda a parte. A graça de Deus também.

 

Imitemos o publicano de que nos fala o Evangelho deste dia. Nunca percamos a humildade.

publicado por Theosfera às 11:10

O Dr. Jorge Sampaio recebeu, ontem, o prémio Figura do Ano, atribuído pela Fundação Portuguesa do Pulmão.

 

Recorde-se que o anterior Chefe de Estado trabalha numa organização das Nações Unidas que pretende combater a tuberculose.

 

É um gesto bonito, relevante, profundamente salutar. E, por entre algumas tiradas de humor, o Dr. Jorge Sampaio lá foi dizendo que não aspira a mais nenhuma função política.

 

Enquanto uns vão da política para a cidadania, outros projectam vir da cidadania para a política.

 

Tudo isto é perfeitamente normal.

publicado por Theosfera às 11:05

Agora é a notícia de um professor que se suicidou porque era maltratado pelos seus alunos.

 

Este facto é realidade e é sinal. O paradigma inverteu-se. Já não não os alunos que temem os professores. São os professores que temem os alunos. Ou seja, movemo-nos no mesmo patamar.

 

O mais fácil é partirmos para soluções radicais. Só que tais soluções acabam por perpetuar o que mais queremos terminar: a violência.

 

É com serenidade que melhor reencontraremos o caminho. Para descaminho já basta.

publicado por Theosfera às 11:01

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