O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Domingo, 28 de Fevereiro de 2010

A religião não é um mero fenómeno religioso. É um verdadeiro fenómeno humano.

 
Régis Debray não se revê na «separação entre o alto e o baixo». É neste sentido que, como assevera José Antonio Marina, «a matriz de todas as culturas foi religiosa». Na verdade e como acrescenta Clyde Kluckkon, «até ao emergir das sociedades comunistas, não conhecemos nenhum grupo humano sem religião».
 
S. Justino sustenta que as sementes do Verbo de Deus estão espalhadas por todos os homens. Tertuliano proclama que «a alma humana é naturalmente cristã».
 
Mais recentemente, Karl Rahner desenvolveu a teoria do cristianismo anónimo e Edward Schillebeeckx debruçou-se sobre o cristianismo implícito. Também Xavier Zubiri propõe a ideia de haver, em toda a parte, um cristianismo intrínseco, um cristianismo germinal.
 
 
Estaremos nós, em Igreja, a optimizar devidamente este património genético, este autêntico ADN espiritual da humanidade?
 
Haverá sempre o devido lugar para Deus no nosso ser e no nosso agir? Ou não será que as pessoas têm de ir procurar lá fora o que não encontram cá dentro?
 
É bom não esquecer que, já em 1985, os bispos do mundo inteiro, reunidos em Sínodo, perguntavam se a difusão das seitas não era o sinal de que nós, católicos, estávamos a perder o sentido do sagrado.
 
D. Walmor Oliveira de Azevedo assinalou, recentemente, que «um católico abandona a Igreja porque, muitas vezes, não encontra Deus nela».
 
Na sua óptica, «muitos, no fundo, não querem abandonar a Igreja; o que querem é procurar sinceramente a Deus».
 
 
 Em conexão com a espiritualidade vem sempre a caridade. Se não praticamos o acolhimento e a delicadeza, se não nos envolvemos nas causas da justiça e da defesa dos mais pobres, não convenceremos ninguém.
 
As pessoas necessitam de ouvir a verdade. Mas precisam igualmente de ver o amor. Se não o virem na nossa vida, não acreditarão nas nossas palavras.
 
D. Adriano Bernardini, Núncio Apostólico na Argentina, advertiu em tom autocrítico: «Explicamos ao povo as sublimes palavras de Jesus e, na prática, descobrimo-nos, com frequência, rudes e até desumanos».
 
É por isso que, como refere Louis Mangkhanekhoun, «o mundo está cansado de escutar, mas não está cansado de se maravilhar e de admirar um testemunho verdadeiro. Há fome e sede de pastores que vivam aquilo que pregam e que preguem aquilo que vivem».
publicado por Theosfera às 23:29

Uma vez mais, Lamego respondeu com generosidade e abundância. Muitas foram as pessoas que, desde manhã cedo, apareceram na Escola Latino Coelho para dar sangue.

 

Em dia de Domingo, é uma bela forma de começar a celebrar a Eucaristia. Esta actualiza a oferta do sangue que Jesus fez na Cruz.

 

Um pouco de sangue nosso pode ajudar a salvar uma vida. Não custa muito. E é sumamente maravilhoso.

 

Que bom sentir a alegria das pessoas em dar sangue, em dar um pouco de si.

publicado por Theosfera às 14:44

A transfiguração de Jesus é realidade e é apelo, apelo à nossa própria transfiguração.

 

Não é despiciendo notar que a transfiguração ocorre no âmbito da oração.

 

A oração transfigura, altera, felicita.

 

Deixemo-nos transfigurar. Por Cristo. Com Cristo. Em Cristo.

publicado por Theosfera às 14:42

 

Falando com um colega há tempos, acerca dos desafios que o tempo actual coloca à Igreja e sobretudo aos padres, ele dizia com toda a veemência que os sacerdotes têm de primar pela diferença.
 
E é verdade: pela diferença na linguagem, pela diferença no porte, pela diferença na espiritualidade, pela diferença na disponibilidade!
publicado por Theosfera às 14:42

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