«O maior erro na vida é o de ter sempre medo de errar».
Assim escreveu (pertinente e magnificamente) Elbert Hubbard.
«O maior erro na vida é o de ter sempre medo de errar».
Assim escreveu (pertinente e magnificamente) Elbert Hubbard.
«Para evitar qualquer crítica, não diga nada, não faça nada e não seja nada».
Assim escreveu (judiciosa e magnificamente) Elbert Hubbard.
«O professor é aquele que faz duas ideias crescerem onde antes só crescia uma».
Assim escreveu (notável e magnificamente) Elbert Hubbard.
Há quem defenda que devemos calar as dores, afogar os males, ignorar as mágoas e silenciar as injustiças. Confesso que eu mesmo já cheguei a pensar assim.
Admiro quem, por estoicismo ou por ascese, é capaz de guardar tudo (incluindo as piores afrontas) no seu íntimo.
Não haverá uma regra universal, mas, se absolutizássemos este princípio, nenhuma doença seria curada e nenhum mal seria combatido.
Por outro lado, se Ellie Wisel pensasse deste modo, ter-nos-ia privado de obras como Noite, Dia, Amanhecer ou O esquecido, autênticas denúncias da chacina perpretada por Hitler.
Se Miep Gies, que acaba de falecer, também pensasse assim, não nos teria legado o extraordinário diário de Anne Frank, outro repositório vivo da tragédia nazi.
Aliás, se os primeiros cristãos também enveredassem por este caminho, não nos teriam deixado as actas dos mártires.
E, à cabeça de tudo, temos os Evangelhos, que não escondem os horrores por que passou o Filho de Deus.
Por muito nobre que seja, o silêncio, por vezes, é aliado da injustiça. E à colação acaba por vir sempre o alerta de Shibi Ebadin: «Se não podeis vencer uma injustiça, pelo menos contai-a a todos».
Não caiamos nunca no oitavo pecado mortal, aquele que, porventura, mais nos tenta hoje em dia: o pecado da indiferença.
«É preciso fazer todo o mal de uma só vez a fim de que paraça menos amargo, e o bem pouco a pouco a fim de que seja mais bem saboreado».
Ãssim escreveu (cínica e magnificamente) Nicolau Maquiavel.
Era suposto que as escutas que envolvem um processo estivessem protegidas pelo segredo.
Alguém se lembrou,entretanto, de colocar um vídeo no youtube com as conversas entre Pinto da Costa e outras personalidades. Isto é inacreditável.
Parece que, só nas primeiras 48 horas, teve uma audiência de 350 mil.
Eu sei que é difícil resistir à curiosidade. Mas que interesse tem ouvir coisas que certamente não serão as mais edificantes?
Confesso que tudo isto me entedia e entristece. Para quê perder tempo com estas coisas?
Há nuvens por debaixo do sol?
Olha que há sol por cima das nuvens!
«Morrer é não ser visto».
Assim poetou (sagaz e magnificamente) Fernando Pessoa.
S. João Esmoler (a razão deste epíteto será fácil de descortinar) nasceu em Chipre, foi funcionário do imperador, enviuvou e veio a ser patriarca de Alexandria por volta de 610.
Espantou toda a gente com uma pergunta que fez à chegada: «Quantos são aqui os meus senhores?»
Como ninguém percebeu o alcance, ele descodificou: «Quero saber quantos pobres temos. Eles são os meus senhores, pois representam na terra Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. Mt 25, 34-46). Dependerá deles que eu venha a entrar no Seu reino».
Fizeram o apuramento. Havia 7500 pobres, que ficaram a receber, todos os dias, uma boa esmola.
É claro que as críticas não demoraram. Que havia alguns que não eram pobres, antes mandriões. Réplica do bispo: «Se não fôsseis não curiosos, não o saberíeis. Curai-vos da vossa intriga e curiosidade e deixai-me em paz. Prefiro ser enganado dez vezes a violar, uma vez que seja, a lei do amor».
Diz a história que o cofre nunca se esvaziou. A quem lhe agradecia ele respondia: «Agradece-me só quando eu derramar o meu sangue por ti; até lá, agradeçamos, os dois juntos, a Nosso Senhor Jesus Cristo».
Ninguém tinha coragem de lhe negar nada. Só que alguns costumavam sair, furtivamente, da igreja antes do fim da Santa Missa. Sucede que o bispo saía também e, de báculo na mão, juntava-se a eles cá fora e intimava-os: «Meus filhos, um pastor deve estar com o seu rebanho; por isso, venho ter convosco. Mas não posso ficar aqui e não me posso cortar em dois; que iria ser das minhas ovelhas que estão lá dentro?»
Desde então, toda a gente esperava pelo fim da Santa Missa para sair.
Que nobre exemplo de pastor, de pai. Muito mais tarde, também Bossuet repetia: «Nossos senhores, os pobres».
O pobre é sempre uma surpreendente aparição de Deus.
Faz hoje, 23 de Janeiro, cinco anos que faleceu Mons. Ilídio Fernandes, um homem bom e um homem de bem. Muito ele fez por Lamego e por toda esta zona. Tanto ajudou as pessoas. Não o esqueçamos jamais!