Deus tem, hoje, uma surpresa para si.
Esteja atento. Ele vai visitá-lo.
Uma santa noite. Muita paz.
Deus tem, hoje, uma surpresa para si.
Esteja atento. Ele vai visitá-lo.
Uma santa noite. Muita paz.
Muita gente se admira quando a ficção ultrapassa a realidade.
Mas há tanta coisa em que a realidade acaba por ultrapassar a ficção!
A adversidade é, sem dúvida, uma grande escola. Burila as atitudes, acrisola os sentimentos e revela as pessoas.
Nas horas difíceis, é verdade que são poucos os que aparecem. Mas os que aparecem valem por todos.
Deus nunca nos falta.
«Sede felizes; os amigos desaparecem quando somos infelizes».
Assim escreveu (avisada e magnificamente) Eurípedes.
«Quem leu muito, raramente faz grandes descobertas».
Assim escreveu (assertiva e magnificamente) Georg Lichtenberg.
A vida é mestra. E Deus, que é o autor da vida, fala-nos na vida.
Uma das coisas que a vida (ou, melhor, Deus na vida) me tem ensinado é a não hesitar em certos momentos.
Deste modo, fico sempre ao lado de quem é posto de lado.
Jesus declarou felizes os que sofrem perseguição por amor da justiça, os que são perseguidos e alvos da mentira.
Ele também toma este partido. Também Ele está ao lado de quem é posto de lado. Sempre.
Foi o Padre Raimundo dos Anjos Beirão a grande alavanca e o maior apoio de Irmã Clara na fundação da Congregação das Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.
Não foram fáceis aqueles tempos, finais do século XIX e princípios do século XX.
Houve problemas de toda a sorte. Entraves surgiram de fora e de dentro.
A Mãe Clara (assim chamada desde que se tornou Superiora Geral) costumava repetir que tudo ocorre «sob o olhar providencial de Deus».
E o Padre Raimundo sustentava que todos nós «somos filhos da Cruz».
Razão tinha Karl Rahner: «Quem escolhe, escolhe a Cruz».
Sempre gostei de todos os clubes. A minha ligeira preferência pelo Sporting, confesso, devia-se menos aos feitos em campo do que ao comportamento fora do campo.
Durante o tempo que levo de vida (e já lá vão quase 45 anos), o Sporting foi poucas vezes campeão nacional.
A primeira vez de que me lembro foi no ano do 25 de Abril. Apesar da derrota com o Benfica em casa por 3-5 (poucos dias antes da revolução), o título acabou por surgir na época de sonho de Yazalde (46 golos só à sua conta) e num tempo em que pontificavam Damas, Alhinho, Da Costa, Fraguito, Chico, Marinho e Dinis.
O que sempre mais me impressionou foi o porte, a serenidade de todos no clube. Havia uma certa aristocracia: não na linhagem, mas nas atitudes.
Quando estive em Lisboa, esta percepção reforçou-se. Manuel Marques, o célebre massagista conhecido como o mãos milagrosas, era presença assídua na Igreja de S. João de Brito.
Mas havia outros dirigentes cuja dignidade admirava. É, pois, com pesar que tenho assistido a oscilações neste campo.
Gritarias e ofensas, insultos e palavrões ouvem-se no Sporting como em todo o lado. Eu sei que é difícil resistir ao ar do tempo.
O que se terá passado, ontem, entre Sá Pinto e Liedson terá centenas de explicações, mas não possui a menor justificação.
Ser sportinguista começa a ficar demasiado parecido com o resto. Nunca sonhei com muitos golos. Mas gostava de poder continuar a apreciar a compostura e a serenidade que eram apanágio do clube.
Neste tempo, que muitos apelidam pós-moderno, ainda andamos um pouco a tactear, à procura de um registo de linguagem em todos os níveis.
Assumamo-lo sem tibieza: essa procura de registo de linguagem reflecte a dificuldade em encontrar um registo de encontro, de presença no mundo de hoje.
As religiões têm de perceber que o seu lugar é a história, é o acontecimento, é a humanidade. Não podem dar a entender que estão fora, ou acima.
Basta olhar para Jesus Cristo: Ele é o Deus que Se humaniza e o Homem que se diviniza.
A paz é o caminho. Na paz, as religiões (re)encontrarão o seu caminho...