A nossa vida é, muitas vezes, como a estação do ano em que nos encontramos.
Também na nossa vida, com efeito, são mais os momentos de trevas que de luz.
Sem darmos por isso, é frequente fazermos um gesto que tem tanto de banal como de significativo: premir um botão para ter luz.
Um simples botão e eis a luz na nossa casa. Será que já pensamos que premir um botão pode fazer luz na nossa existência?
É claro que todos nós andamos à procura de luz.
Procuramo-la no poder. Buscamo-la no dinheiro. Pressentimo-la no êxito e na fama. E, no entanto, as trevas parece que não se afastam de nós.
Não deixa de ser curioso que até os filólogos apontam no sentido de que a ideia de Deus tem a ver com a ideia de luz. Dizem muitos deles que as palavras Deus, Dios, Dio, Dieu, etc. remontam ao sânscrito di, que se pode traduzir por luz.
Se Deus é luz e se Deus está dentro de nós, porque é que teimamos em procurar lá fora o que (já) temos cá dentro?