Não durmas voltado sobre ti.
Acorda para o irmão.
Neste Natal, não faças da tua casa uma trincheira, nem da tua família um casulo.
Causa sempre muita impressão — uma impressão negativa, já se vê — notar como as pessoas se fecham sobre si mesmas nesta época do ano.
Dir-se-ia que é o «Contra-Natal» em marcha.
Há, de facto, uma avalancha de egoísmo que contraria todo o ideal de solidariedade e comunhão que o mistério do Natal encerra.
Não te deixes, por isso, guiar pelo instinto. Nem dominar pela técnica.
Faz o que te diz o coração. Um coração que se deixe contagiar pela fome no mundo. E também pela candura de Deus Menino.