O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quinta-feira, 31 de Dezembro de 2009

Hoje, porventura mais do que nunca, gostaria de reunir os meus amigos na Santa Missa que começa em 2009 e termina em 2010. Sei que, por razões óbvias, não será fácil. Mas, no meu coração, estarão todos presentes. Lembrá-los-ei junto de Jesus.

 

No final deste ano muito difícil, é a tanta gente que estou reconhecido por tanto, por tudo.

 

Ainda ontem, um amigo veio de longe, para me dar um abraço de comunhão, de solidariedade.

 

Jamais esquecerei.

publicado por Theosfera às 09:20

 

É tempo de alegria. É noite de folia.
Na passagem de ano, há música, foguetes, brindes, excessos.
As casas enchem-se. As famílias juntam-se Os amigos reúnem-se.
E os cristãos?
Como é que consentem em esquecer, num momento tão significativo, o grande Amigo, o melhor Amigo, o único Amigo?
Nas horas de aflição clamamos por Ele. Nos momentos de júbilo, remetemo-Lo ao esquecimento!…
Passar de um ano para outro deveria ser uma oportunidade para entrar em oração. Para louvar o Deus da vida pelo dom da vida. Pela saúde. Pela solicitude. E também uma ocasião para Lhe pedir perdão pela superficialidade. Pela tibieza. Pela infidelidade.
Já pensaste, irmão, em passar o ano na companhia do Senhor? Em viveres este transe irrepetível num clima de recolhimento e serenidade? Por exemplo, no interior de uma Igreja, junto do sacrário?
E já deste conta do mistério que encerra este instante? O fim e o princípio estão tão próximos! O alfa e o ómega encontram-se tão perto!
Estás disposto a fazer do ano que vai começar um ano diferente? Com maior qualidade de vida a partir do teu interior?
Queres, como exorta João Paulo II, gritar Cristo ao mundo e, antes de mais, a ti mesmo?
Não seria nada má ideia. Seria mesmo a melhor forma de teres vida nova no ano novo.
De qualquer modo, feliz ano novo para ti, irmão!
Feliz ano novo na paz de Deus!
Foi bom estar contigo. É muito bom ficar com Ele!
Até sempre…
publicado por Theosfera às 09:08

A quantos me ungem com o dom da amizade a minha gratidão, a certeza de que os terei muito presentes na minha oração. Os tempos não são fáceis. Mas pressinto que uma surpresa qualquer virá. Em 2010? No futuro. Deus não falha.

publicado por Theosfera às 09:06

Neste último dia do ano, faço minhas as palavras de um cristão do século II. Como ele, estou na minha casa, mas sinto-me forasteiro. Habito na minha pátria, mas vejo-me estrangeiro.

 

Gostaria de dizer que está tudo em ordem na minha casa. Mas não seria honesto se dissesse o contrário da verdade.

 

Não é só na casa dos outros que as coisas não estão bem.

 

Gostaria de ver sol. Mas só consigo ver nuvens.

 

Sei que o sol há-de voltar a brilhar.

 

publicado por Theosfera às 08:57

Quarta-feira, 30 de Dezembro de 2009

 

O Natal é habitualmente associado às crianças.
Está certo. Na verdade, o Filho de Deus apareceu no mundo em forma de Menino.
Mas será que já nos lembramos dos velhinhos?
Será que já demos pela presença de Deus neles?
Será que já tivemos a preocupação de passar pelo leito em que se encontram e de depositar um beijo na sua face enrugada?
Será que já tivemos a percepção de que beijar um velhinho é, hoje em dia, uma nova forma de beijar o Deus Menino?
É bonito ver tanta gente a oscular, comovida, a imagem de barro do Menino Jesus. Mas porque é que não mostramos a mesma reverência ante a sua imagem de carne e osso?
Não percas de vista, irmão, que o Menino não está só no presépio. Encontra-se igualmente no berço e nos hospitais.
Tantas vezes, ignorado. Tantas vezes, esquecido e rejeitado.
publicado por Theosfera às 11:51

Terça-feira, 29 de Dezembro de 2009

 

A nossa vida é, muitas vezes, como a estação do ano em que nos encontramos.
Também na nossa vida, com efeito, são mais os momentos de trevas que de luz.
Sem darmos por isso, é frequente fazermos um gesto que tem tanto de banal como de significativo: premir um botão para ter luz.
Um simples botão e eis a luz na nossa casa. Será que já pensamos que premir um botão pode fazer luz na nossa existência?
É claro que todos nós andamos à procura de luz.
Procuramo-la no poder. Buscamo-la no dinheiro. Pressentimo-la no êxito e na fama. E, no entanto, as trevas parece que não se afastam de nós.
Não deixa de ser curioso que até os filólogos apontam no sentido de que a ideia de Deus tem a ver com a ideia de luz. Dizem muitos deles que as palavras Deus, Dios, Dio, Dieu, etc. remontam ao sânscrito di, que se pode traduzir por luz.
Se Deus é luz e se Deus está dentro de nós, porque é que teimamos em procurar lá fora o que (já) temos cá dentro?
publicado por Theosfera às 13:38

Segunda-feira, 28 de Dezembro de 2009

 

1. A esta hora, estamos todos a pensar: como correu veloz mais este ano!
Sem darmos muito bem por isso, 2009 está a chegar ao fim. E, a avaliar pela expressão do rosto e pelo teor das conversas, a euforia destas horas serve mais de lenitivo para esquecer as amarguras passadas do que de esperança numa verdadeira mudança.
Nem que seja por instantes, o que, de facto, as pessoas querem é esquecer a dureza do quotidiano, a incerteza do emprego (ou a certeza do desemprego), os aumentos dos preços e a míngua dos salários.
O que as pessoas desejam é esquecer os sonhos desfeitos e as promessas não cumpridas.
O ar de resignação e o tom de comiseração parecem ser a nota dominante. A melhor maneira de não haver desilusões é, sem dúvida, não alimentar ilusões.
No início de 2009, o senhor Presidente da República já nos prevenirapara o que já sabíamos e pressentíamos. Que o ano iria ser muito difícil. Que, por isso, era fundamental falar verdade. E, last but not the least, que as ilusões pagar-se-iam muito caras.
Na mesma altura, Timothy Garton Ash fazia uso de uma ironia afogada em sarcasmo: «Bom ano novo? Devem estar a brincar!».
 
2. Há uma sensação de desnorte e um clima de tédio. Até tivemos um Nobel da Paz que, ao receber o prémio, anunciou a continuação da guerra!
Inevitável? Porventura. Mas, ainda assim, não deixa de ser perturbador e revelador do estado a que chegamos.
E, mesmo a terminar o ano, não fomos capazes de conseguir um acordo motivador para reduzir substancialmente a poluição.
Em síntese, não estamos a ganhar o presente. E arriscamo-nos a perder o futuro.
Se bem nos recordamos, o Santo Padre convidava-nos, há um ano, a combater a pobreza e a lutar contra a exclusão.
Denunciou «uma pobreza que impede as pessoas e as famílias de viverem segundo a sua dignidade; uma pobreza que ofende a justiça e a igualdade e que, como tal, ameaça a convivência pacífica».
 
3. Para 2010, chama a nossa atenção para a nossa responsabilidade na salvaguarda da criação: «Se queres cultivar a paz — alerta o Papa —, protege a criação».
O mundo não é propriedade humana; é dom de Deus que foi confiado ao Homem, a todos os homens e não apenas a alguns.
Como revelou a recente Cimeira de Copenhaga, a nossa geração está a revelar um tremendo egoísmo para com as futuras gerações.
Os escuteiros têm, como preceito, deixar o lugar do acampamento em melhor estado do que aquele em que se encontrava. Em que estado vamos nós deixar o mundo às gerações futuras?
Em causa está não somente o ambiente natural, mas também — e acima tudo — o ambiente humano.
Pergunta Bento XVI com enorme pertinência: «Poderemos ficar indiferentes perante as alterações climáticas, a desertificação, a deterioração e a perda de produtividade de vastas áreas agrícolas, a poluição dos rios e dos lençóis de água, o aumento de calamidades naturais, a desflorestação das áreas equatoriais e tropicais?»
 E alerta já para um fenómeno novo, emergente: «Como descurar o fenómeno crescente dos chamados refugiados ambientais, ou seja, pessoas que, por causa da degradação do ambiente onde vivem, se vêem obrigadas a abandoná-lo — deixando lá muitas vezes também os seus bens — tendo de enfrentar os perigos e as incógnitas de uma deslocação forçada?»
 
4. Não será a transição de um ano para outro que faz desaparecer as nuvens que toldam o horizonte do nosso futuro.
Sentimo-nos impotentes para fazer o que tem de ser feito. Mas vale a pena insistir. Se empreendermos a mudança em nós, se formos diferentes, estaremos a contribuir para a mudança no mundo.
Deseje, pois, feliz ano novo aos seus familiares, aos seus amigos e aos seus conhecidos.
Eu vou rezar por si. Passarei o ano na companhia de Deus, em oração, como é meu dever.
Pode faltar tudo. Tenha a certeza de que Deus não lhe vai faltar. O ano é novo. Que seja igualmente nova a vida. A sua vida. A nossa vida. A vida da humanidade inteira.
publicado por Theosfera às 21:42

 

Não faltam palavras neste mundo. Muito menos, neste tempo.
Além das palavras obrigatórias, das palavras de circunstância e das palavras gritadas aos berros, esta é uma altura em que trocamos palavras de saudação.
Nem sempre sentidas. Nem sempre sinceras. Nem sempre ponderadas na mente ou amassadas no coração.
Mesmo assim, sobram palavras nesta quadra.
Ele são os tradicionais postais de Boas Festas. Ele são os telefonemas. E ele são agora — cada vez mais — as mensagens de telemóvel. Algumas, reconheça-se, bem imaginativas e engraçadas.
O que escasseia é alma no que dizemos. É dizer a cada um o que só a ele diz respeito. O que temos para lhe transmitir a ele e a mais ninguém.
Já reparamos em como a pressa é tanta que até os postais e as mensagens têm sempre o mesmo conteúdo? Só mudamos o endereço ou então o número. O resto é igual. Seja familiar ou colega, não interessa. Seja vizinho ou autoridade, não importa.
São palavras que recebemos com agrado, mas que deixam um travo de amargura na alma.
A Palavra fez-Se carne em Jesus. É preciso que ela volte a fazer-Se vida na nossa vida!
publicado por Theosfera às 11:00

Rui Polónio Sampaio é um nome que talvez não diga muito a muita gente. Mas era suficientemente conhecido para a sua morte não passar incógnita. No entanto, foi isso o que aconteceu. Quase ninguém falou dele. Germano Silva dá uma explicação que, no mínimo, faz pensar: «A sua morte não foi notícia porque ele era um mau exemplo, o exemplo de um homem íntegro»!

publicado por Theosfera às 10:54

Domingo, 27 de Dezembro de 2009

Na sua primeira saída do Vaticano após ter sido atirado ao chão por um mulher de 25 anos, alegadamente desequilibrada, Bento XVI colocou à prova o sistema de segurança do Vaticano, que hoje formou um forte cordão de segurança em redor do Santo Padre, que, no entanto, o rompeu para se aproximar e saudar os presentes, entre os quais muitas crianças.

 

Esta quebra do protocolo de segurança confirmou as declarações do porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, que disse que a segurança do papa não se pode «fechar a 100 por cento», sendo «impensável criar uma muralha entre o Santo Padre e os fiéis».

 

O Papa foi recebido com fortes aplausos, tendo respondido com sorrisos e acenos e trocou algumas palavras com várias pessoas, em ambiente de cordialidade e alegria.

 

Esta foi a primeira vez que o Papa fez uma refeição com os mais desfavorecidos, os sem abrigo, imigrantes e indigentes que todos os dias procuram ajuda na comunidade de Sant´Egidio.

 

Ao lado de Bento XVI estava sentado um refugiado afegão muçulmano xiita de 34 anos.

publicado por Theosfera às 18:47

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publicado por Theosfera às 16:21

 

Foi há apenas dois dias.
Foi. Quer dizer que já não é.
Parece aliás que foi há muito tempo e que passou por nós como uma seta.
Que fizemos do Natal?
Onde escondemos o seu encanto?
Para onde despachámos o seu conteúdo? A sua mensagem? Os seus apelos?
O dia de Natal deveria ser o dia do grande encontro. Do permanente advento. Da perene celebração da chegada de Deus ao mundo, o maior presente que o céu ofereceu a terra e a melhor prenda que a terra ofereceu ao céu.
A qualidade do Natal não se vê nas coisas. Vê-se — ou deveria ver-se — nas atitudes. Nas decisões. Nos comportamentos. Nos gestos.
O dia de Natal deveria ser, portanto, um estímulo para que todos os dias fossem dias de Natal. Isto é, dias de nascer para Aquele que nasce em nós.
Porque Natal foi quando Deus quis.
E porque Ele quis fazer Natal, haverá Natal quando nós quisermos. Eu e tu.
 
publicado por Theosfera às 15:16

Hospitais recusam dar alta a pacientes que ninguém reclama. Muitos vão parar a lares.

publicado por Theosfera às 06:23

Sábado, 26 de Dezembro de 2009

 

Será que já nos apercebemos de que a maior parte dos passos que damos — e que ouvimos — são passos que aspiram ódio e respiram violência?
Mas é verdade. Sobretudo aqueles passos apressados. Que são, regra geral, passos a fugir de alguém. Ou passos a perseguir alguém.
E, depois, é o culto que se está a gerar.
Já viram quantos passos vemos em prol da paz? Poucos. Praticamente nenhuns.
Ao invés, à volta da guerra é um sem-fim de passos. A indústria beligerante é, indiscutivelmente, uma das mais prósperas neste mundo.
É mais fácil assistirmos a uma condecoração por feitos cometidos em guerras do que a homenagens por gestos em favor da paz.
Estranho mundo este, em que aquilo que destrói é mais apreciado do que aquilo que constrói e edifica.
É totalmente diferente, porém, a lógica de Deus. Para o Emanuel — Deus connosco e Deus para nós —, as coisas são de outro modo. Deus não faz retórica com a paz. Deus é paz. Em pessoa. Em projecto. Em oferta.
Por conseguinte, se não temos paz, então é porque (ainda) não temos Deus…
 
publicado por Theosfera às 11:43

 

Ainda o Advento não tinha começado e já se faziam sentir, pressurosos, os sinais de aproximação do Natal.
          Todavia, a iniciativa, ao contrário do que seria de esperar, pertencia às empresas e aos hiper's. O que, de resto, se vai tornando comum.
          Com efeito, rádio, televisão, páginas inteiras de jornais bem como montras de estabelecimentos há muito que estão a promover produtos com motivos alusivos à quadra natalícia. Mais: por causa do Natal, é possível fazer compras, além dos dias habituais, nos feriados, aos sábados e durante um ou outro domingo de Dezembro.
          A impressão que fica é que o comércio surge, cada vez mais, como a preocupação dominante — para muitos, exclusiva — desta época. O que se ganha, inquestionavelmente, em vivacidade nas ruas perde-se, sem dúvida também, em profundidade, espontaneidade e transparência no relacionamento e na convivência.
          O efémero de tudo se apodera. De facto, nada parece perdurar para lá da longa noite de consoada. As atitudes afiguram-se rebuscadas: gastam-se fortunas em presentes; as casas ficam atulhadas de um sem-fim de jogos de luz e cor; até as saudações que se trocam são estereotipadas, destilando doses arrepiantes de formalismo e frieza.
          O Natal chega a assemelhar-se a um aniversário sem aniversariante. O ritmo a que se sucedem os lugares comuns (veja-se: o Natal é quando um homem quiser) denuncia, com efeito, uma relação distante com Aquele que deu razão de ser a toda este ciclo festivo: Jesus Cristo.
          Perguntar-se-á: de que modo se poderá reconduzir o Natal à sua genuinidade e autenticidade?
          Não se trata, evidentemente, de demonizar a actividade comercial, que dispara nesta época do ano. Mas tão-somente de evitar que ela polarize todas as atenções e energias.
          Bastará, para isso, pensar que o mistério mais profundo do Natal tem muito a ver… com o comércio. Não com aquele a que estamos habituados. Mas com um comércio de outra índole, que chega ao ponto de envolver o próprio Deus.
          Na verdade, os Padres da Igreja, quando se referem à incarnação do Filho de Deus, utilizam, por vezes, a expressão admirabile commercium (admirável comércio) para significarem, do modo mais expressivo possível, o intercâmbio que, em Jesus Cristo, se verifica entre o divino e o humano.
          No fundo, o Natal não é mais do que um comércio. Do que um admirável comércio!
publicado por Theosfera às 11:42

Sexta-feira, 25 de Dezembro de 2009

Foi já no dia 23, mas só soube hoje. Morreu o teólogo holandês Edward Schillebeecks. Tinha 95 anos. Há pouco tinha-se declarado como um teólogo feliz. A sua obra é prolixa. Muitos são os títulos e as intervenções. RIP.

publicado por Theosfera às 13:50

publicado por Theosfera às 13:41

Confesso que fiquei surpreendido. Depois de um dia tempestuoso, a noite era fria. Convidava ao aconchego.

 

Daí a minha surpresa e comoção ao ver um templo cheio (de gente e de fé) a celebrar o nascimento de Jesus na noite de Natal.

 

O povo simples, humilde e bom tem sido, cada vez mais, o meu companheiro ma vivência da fé.

 

O melhor da Igreja é o seu povo, o povo que peregrina com Cristo para o Pai. É o povo que melhor me tem dado Jesus.

 

Esta noite, estou comovido. E muito reconhecido.

 

Santo e Feliz Natal. 

publicado por Theosfera às 02:23

Quinta-feira, 24 de Dezembro de 2009

 

A tarefa está concluída.
A lista está pronta.
As entregas estão feitas.
As prendas estão dadas.
Mas…já me dei a mim?
Já me entreguei a Ti?
A Ti, que vieste — e continuas a vir sempre — até mim?
 
publicado por Theosfera às 05:59

Quarta-feira, 23 de Dezembro de 2009

 

Não durmas voltado sobre ti.
Acorda para o irmão.
Neste Natal, não faças da tua casa uma trincheira, nem da tua família um casulo.
Causa sempre muita impressão — uma impressão negativa, já se vê — notar como as pessoas se fecham sobre si mesmas nesta época do ano.
Dir-se-ia que é o «Contra-Natal» em marcha.
Há, de facto, uma avalancha de egoísmo que contraria todo o ideal de solidariedade e comunhão que o mistério do Natal encerra.
Não te deixes, por isso, guiar pelo instinto. Nem dominar pela técnica.
Faz o que te diz o coração. Um coração que se deixe contagiar pela fome no mundo. E também pela candura de Deus Menino.
publicado por Theosfera às 11:17

Terça-feira, 22 de Dezembro de 2009

 

1. É possível que, a esta hora, o vá encontrar, estimado leitor, em viagem, a caminho de casa ou de algum supermercado. Provavelmente, ter-se-á lembrado de que ainda faltava alguma compra de última hora.
 
A azáfama é grande e as despesas já são muitas. Mas, lá no fundo, sente que vale a pena todos os sacrifícios para ter a casa cheia, a mesa farta e a família reunida.
 
É bonito — muito bonito — ver os mais pequenos felizes e os mais idosos a brincar com eles.
 
E como é reconfortante ter um intervalo de serenidade no meio do bulício desenfreado em que se transformou a rotina da nossa vida!
 
Vai correr tudo bem, estou certo disso. A noite de Natal possui, de facto, um encantamento único, intraduzível em palavras.
 
 
2. Não tenha problema em assumir que o Natal é a festa de Jesus. É a festa do Seu nascimento, embora não saibamos, ao certo, a data em que Ele nasceu.
 
Às vezes, o Natal parece um aniversário sem aniversariante. Pensamos em todos e cuidamos de tudo. Parece que só nos esquecemos d’Ele. Logo d’Ele que é a razão última desta festa.
 
Até foi preciso lançar uma campanha de estandartes com o Menino Jesus para que nos lembremos do verdadeiro sentido do Natal.
 
Para muitos, com efeito, quando se fala de Natal, a primeira figura que vem à mente já não é o Menino, mas o Pai Natal.
 
Há quem leve o escrúpulo a tal ponto que, em vez de desejar bom Natal, se limita a escrever o genérico boas festas ou até a optar pelo estranhíssimo felizes festas de Inverno! Porquê?
 
 
3. Fixe, por isso, o seu olhar em Jesus. Não arrume o Pai Natal num canto, se o tiver em casa, mas faça um presépio.
 
Se achar bem, ponha lá a árvore de Natal. Ponha lá os presentes para os seus filhos, mas, já agora, acrescente também qualquer coisa para dar aos mais pobres.
 
Não deixe, porém, de colocar bem no centro o Menino, o Menino Jesus. E, antes de começar a consoada, convide toda a sua família para contemplar um pouco este quadro,o quadro de um Deus que Se faz Menino e de um Menino que se faz Deus.
 
Se lhe for possível, vá à Missa do Galo. Porventura, está a pensar ir no dia de Natal. E faz muito bem. Mas, se puder, vá também na noite anterior. Não se arrependerá.
 
É certo que está frio e sabe bem estar em casa. Mas faça um esforço. Alargue a sua família à família dos outros.
 
O frio desta noite é um frio saboroso, é um frio que aquece. Quando faz anos alguém que nós estimamos, passamos por sua casa. Pois a igreja é a casa de Jesus.
 
Eu sei que está bastante desencantado com o que se passa na Igreja. Mas o estimado leitor irá por causa de Jesus. Que, aliás, também não estará totalmente contente com o que na Igreja acontece. E quem sabe se Ele, Jesus, não estará à sua espera para a mudança que Ele deseja?
 
 
4. Penso sobretudo em si que está afectado pela pobreza. Pois olhe que Jesus também nasceu pobre.
 
Penso particularmente em si que se sente diminuído por levar uma vida simples. Lembre-se que Jesus foi sempre simples.
 
Penso especialmente em si que se vê cercado de injustiças. Não esqueça que Jesus também foi vítima da injustiça.
 
Ele é a pessoa mais identificada consigo e mais próxima de si. Ele pensa em si, mesmo quando não tem tempo de pensar n’Ele.
 
O meu coração vai nomeadamente ao encontro de si que foi posto na rua, no desemprego. Olhe que é na rua que Jesus Se encontra.
 
Ele tornou-Se um de nós. Ele veio para nos reconciliar, para nos aproximar.
 
O sinal de que estamos com Ele é a bondade, a tolerância, a opção preferencial pelos pobres.
 
Que a paz de Jesus esteja consigo, estimado leitor. Seja feliz neste Natal. Seja feliz sempre.
 
O nascimento é de Jesus. O Natal é para si. Por isso, alegre-se. Comova-se. Chore. Sorria. Cumprimente. Abrace. E tente fazer do Natal um dia com 365 dias.
 
Difícil? Sem dúvida. Mas não impossível. Há muitos escolhos. Mas tem um aliado de peso: o próprio Jesus.
 
Ele veio também para si. Ele está dentro de si. E tenha a certeza de que Ele conta consigo para mudar o mundo!
publicado por Theosfera às 12:01

«Nas grandes coisas, os homens mostram-se como lhes convém; nas pequenas, mostram-se como são».
Assim escreveu (sábia e magnificamente) Sébastien-Roch Chamfort.

publicado por Theosfera às 11:33

«Nunca a fortuna põe um homem em tal altura que não precise de um amigo».

Assim escreveu (luminosa e magnificamente) Séneca.

publicado por Theosfera às 11:28

O Islão está em alta. Muita gente se admira. Agora, foi Abel Xavier, conhecido futebolista. Porquê? Eu penso que o segredo está, acima de tudo, na determinação, na clareza Os estudiosos apontam sempre o inconformismo como estando na raiz das religiões. Basta olhar para Jesus.

publicado por Theosfera às 11:23

Qualquer pessoa que tenha acompanhado o pontificado de Pio XII sabe que ele se empenhou bastante com a situação dos judeus.

 

Aliás, há muitos judeus que o reconhecem e proclamam.

 

Além de se empenhar com gestos, empenhou-se com palavras. As radiomensagens (que proferia mormente neste tempo de Natal) eram não só apelos à paz, mas também denúncias vigorosas da guerra.

 

É claro que colocou sempre prudência nas suas intervenções. Estava persuadido de que uma palavra descontrolada poderia prejudicar, ainda mais, a situação dos judeus.

 

Todos sabemos que, em situações de apuro e de injustiça, não bastam as atitudes. As palavras de apoio são sempre bem-vindas.

 

Mas o Papa Pio XII não pode ser acusado de indiferença. De resto, é sabido que Hitler tentou prendê-lo.

 

Só que os lugares comuns são assim. Alguém os põe a correr (e sobre Pio XII foi, sobretudo, uma peça de teatro estreada em 1963) e, depois, toda a gente vai atrás.

 

É pena. Porque não é verdade. Fazia bem pensar nas duas leis da história que Leão XIII enunciou: a primeira é que nunca devemos dizer falsidades; a segunda é que nunca devemos ter medo de dizer a verdade.

 

Pio XII foi declarado venerável e, em breve, será beatificado. Admiro Bento XVI porque, mesmo em contracorrente, proclamou a pura verdade.

 

Toda a gente (muitos judeus incluídos) sabe que Pio XII levou uma vida de santo.

publicado por Theosfera às 11:13

 

Há presépios lindos.
Há presépios engenhosos.
Há presépios deslumbrantes.
Há presépios originais.
Há presépios interessantes.
Há presépios surpreendentes.
E até há presépios ao vivo.
Faltam, contudo, presépios vivos.
Que, a bem dizer, são os únicos presépios necessários.
Aqueles que são construídos não nas ruas ou nas casas. Mas no coração humano.
No meu. No teu. No nosso.
É aí, irmão, que Ele — o Senhor — quer (re)nascer hoje.
Vais consentir que Ele seja atirado novamente para um estábulo, como há dois mil anos?
Não tardes, meu Deus!
Acorda-nos da sonolência que nos envolve!
publicado por Theosfera às 11:12

Segunda-feira, 21 de Dezembro de 2009

O orgulho é a nuvem que ofusca o brilho da virtude. Só a humildade a faz brilhar.

publicado por Theosfera às 11:32

 

Não te impressionam, irmão, as certezas que se debitam e propagam por esta altura em tudo o que é sítio?
Poucos sabem o que é o Natal, mas quase toda a gente mostra saber em que ele consiste.
E como é triste ouvir tanta frase feita e tanto lugar comum, entoado com o ar mais enfatuado deste mundo!
Natal é também — e bastante — um mistério de humildade e simplicidade. É um mistério para aprender e acolher. Para celebrar e anunciar.
Dói, por isso, verificar que há tantos que se empenham em bloquear a beleza que cintila e a vida que palpita — em tons de esperança — pelo Natal de Deus e pelos Natais dos homens.
Mas a altivez será abatida.
Não te detenhas pois no ar sabedor que alguns exibem. Dispensa, sim, a melhor atenção ao Menino que — silenciosamente — está a nascer dentro de ti!
publicado por Theosfera às 11:05

Domingo, 20 de Dezembro de 2009

 

Ainda não se Lhe conhece o rosto, ainda não se Lhe adivinham as feições e já tem nome.
Vários séculos antes de vir ao nosso encontro, a Sua estrela já brilha e a Sua luz já desponta.
É o brilho da presença e o despontar da missão.
Eis o Emanuel que chega. O Deus connosco que vem. O Deus para nós que Se aproxima.
O Natal é o mistério da proximidade. Da convivência. Do silêncio partilhado. E da palavra repartida.
Como não chorar de comoção diante de tanto amor?
publicado por Theosfera às 15:04

É belo o rosto de Deus nas imagens que os homens tecem. É mais belo ainda a imagem de Deus na face das próprias pessoas. Cada ser humano é um oásis divino!

publicado por Theosfera às 15:02

Sábado, 19 de Dezembro de 2009

Bento XVI aprovou este Sábado o decreto que reconhece as virtudes heróicas de Eugénio Pacelli e de Karol Wojtyla - os Papas Pio XII e João Paulo II -,  primeiro passo em direcção à beatificação.

Na audiência desta manhã com D. Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Bento XVI autorizou a publicação de uma série de vinte e um decretos, dez dos quais relativos ao reconhecimento de milagres atribuídos à intercessão de outros tantos Beatos ou Veneráveis; um relativo ao martírio do Servo de Deus, Pe. Jorge Popieluszko, polaco; e finalmente outros dez decretos sobre as virtudes heróicas de dez Servos de Deus, entre os quais Pacelli e Wojtyla.

 

publicado por Theosfera às 19:45

 

Os tempos do Messias são marcados pela surpresa.
Tudo é desconcertante. Maravilhoso. Arrebatador.
O que é incompatível compatibiliza-se. O que é inconciliável concilia-se. O que é impossível (finalmente) realiza-se.
A novidade d'Aquele que há-de vir é a paz. A convivência. A harmonia universal.
Sucede que Ele já veio no tempo. Será, contudo, que O deixamos vir até nós?
Se o lobo habita com o cordeiro, porque é que os humanos não conseguem conviver entre si?
Na verdade, estamos num mundo que ainda não aprendeu a ser mundo. E somos homens que ainda não aprenderam a ser homens…
publicado por Theosfera às 06:24

Sexta-feira, 18 de Dezembro de 2009

Crentes e não-crentes aplicam um teste de credibilidade a todo o sacerdote, explicou nesta sexta-feira o pregador da Casa Pontifícia a Bento XVI e seus colaboradores: você acredita no que diz e no que celebra?

 

Por este motivo, o Pe. Raniero Cantalamessa, O.F.M. Cap., na terceira e última meditação do Advento pronunciada na capela Redemptoris Mater do Vaticano, propôs aos presbíteros que, neste Ano Sacerdotal, aprendam e imitem a fé de Maria.

publicado por Theosfera às 23:39

 

Um dos maiores contrastes que atravessam a nossa época é a circunstância de andarmos a trocar mensagens de paz enquanto, ao longe e ao largo, ouvimos o troar de armas assassinas.
Haja em vista quantos cristãos ergueram a Cruz numa mão e a espada na outra.
No fundo, ainda não aprendemos nada com o Mestre.
Ainda não O descobrimos. E, portanto, ainda não nos dispusemos a segui-Lo.
Se Cristo é paz, porque é que há tantos cristãos envolvidos em guerras?
«O nascimento de Cristo — disse S. Leão Magno — é o nascimento da paz». Será que, dois mil anos depois, Cristo já nasceu em nós?
Será que, vinte séculos volvidos, já nascemos para Cristo?
publicado por Theosfera às 19:37

Há uma doença que, como tumor, se vai difundindo cada vez mais: o pânico!

 

Há quem, invocando ordens superiores, obrigue as pessoas a comungar na mão. E, pelos vistos, há quem se esteja a preparar para não dar o Menino Jesus a beijar neste Natal.

 

Segundo julgo saber, quanto às ordens, do que se trata é de sugestões da Pastoral da Saúde quando se previa uma pandemia de Gripe A.

 

Graças a Deus, tal cenário não se confirmou. Mesmo em tal caso, eu não iria mudar os procedimentos.

 

Desde sempre, há vírus a circular. Há que tomar os devidos cuidados, sem dúvida. Mas daí a entrar num clima de pânico vai uma enorme distância.

 

Por este andar, deixamo-nos de cumprimentar, de conviver, de ir ao centro de saúde e ao hospital. Não é aí que circulam mais vírus?

 

Já quando começou o surto da SIDA, estando eu em Lisboa, recordo que houve quem se retraísse no atendimento das pessoas.

 

Confesso que sempre visitei os doentes, sem perguntar pelo seu estado de saúde.

 

Continuarei a dar a Sagrada Comunhão conforme as pessoas quiserem recebê-La. E, obviamente, vou dar o Menino a beijar. É um dos actos mais encantadores que o Natal nos oferece.

 

E sei que tudo vai correr bem. O Menino vai curar-nos do medo. Dos medos.

publicado por Theosfera às 19:30

Quinta-feira, 17 de Dezembro de 2009

Nunca, como este ano, tive tantos convites para a noite de Natal. O meu muito reconhecido obrigado. Custa-me dizer que não sobretudo quando o convie vem dos lábios das crianças, as que mais vibram com o Natal e com Jesus.

 

Mas, nesse dia, tentarei reunificar a Família de sangue. Não esqueço, porém, quantos me têm apoiado. Por todos rezarei.

 

Abraço enorme.

publicado por Theosfera às 11:55

«Há ilusões que se parecem com a luz do dia; quando acabam, tudo desaparece com elas».

Assim escreveu (melancólica e magnificamente) Marguerite Duras.

publicado por Theosfera às 11:00

A cimeira de Copenhaga está a chegar ao fim. Parece que nada de relevante irá surgir.

 

O clima continua ameaçado. E a convivência pacífica não aparenta surgir.

 

Os desacatos na rua dão que pensar. E penar.

publicado por Theosfera às 10:58

A terra tremeu. E os nossos corações não vão tremer?

 

Tanta injustiça. Tanta fome. Tanta inveja. Tanta dor.

 

Então?

publicado por Theosfera às 10:56

 

Já sei que, a esta hora, tens tudo projectado para a grande noite  de Natal.
Sei que não vai faltar nada.
A casa vai estar cheia e a mesa farta.
E tenho também a certeza de que tencionas comer bem e beber melhor…mesmo que, a seguir à refeição, tenhas de conduzir.
Já deu para ver que, na tua «agenda», não consta uma ida à Igreja, para a Eucaristia da noite de Natal.
Deixa contudo, que te pergunte com o máximo respeito: ainda tens coragem de chamar a isso Natal?
Será que já paraste — um pouco que fosse — para pensar nas palavras do Apóstolo d'Aquele cujo nascimento se vai celebrar? E que nos dizem para «vivermos dignamente, não em festins licenciosos e na embriaguez, nem em desonestidades e libertinagens, nem em contendas ou invejas, mas para nos revestirmos do Senhor Jesus Cristo»(Rom 13, 13-14)?
publicado por Theosfera às 10:54

Quarta-feira, 16 de Dezembro de 2009

Vi a reportagem com o Padre Rui. Compreendo o drama e percebo o impacto que teve sobretudo para com alguém ordenado há tão pouco tempo.

 

Não deu para perceber se houve algum acompanhamento por parte da Diocese. É importante que tal acompanhamento nunca falte em todas as fases da vida. O testemunho da irmã de sangue foi impressivo.

 

Retenho o testenunho que o Padre Rui deu acerca do seu bispo: «Recebeu-me como a um filho». Notável!

 

Rezo pelo Padre Rui. Muito.

publicado por Theosfera às 23:00

É um assunto delicado e continuo a pensar que o mais sensato seria o silêncio. Mas já que o Padre Rui resolveu falar, escutemo-lo.

 

A RTP1 anuncia uma entrevista de 38 minutos com o sacerdote que, após um ano de ordenação, saiu das paróquias na companhia de uma jovem.

 

Pelo excerto que já foi divulgado, dá para perceber que a decisão foi a consequência de atitudes que o magoaram.

 

 É por isso que a oração é determinante sobretudo nas horas de drama. Mas é por isso também que não condeno ninguém. Há dramas que desfiguram completamente um rumo.

 

Tenho acompanhado casos de colegas que deixam o ministério no meio de uma tormenta em que a falta de acompanhamento e de humanidade foram a causa determinante.

 

Mas creiam todos que é sobretudo aí (na hora do drama) que o Senhor mais faz sentir a sua presença.

publicado por Theosfera às 16:26

O Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Cláudio Hummes, alentou os sacerdotes a não descuidarem a oração porque esta fortalece o ministério ao cultivar «a intimidade do discípulo com seu Mestre, Jesus Cristo».

«Em verdade, sem o alimento essencial da oração, o Presbítero adoece, o discípulo não encontra forças para seguir o Mestre, e assim morre por inanição», advertiu o Cardeal em uma carta.

O Arcebispo Emérito de São Paulo recordou que «a oração ocupa necessariamente um lugar central na vida do Presbítero» e trata-se de uma arma para vencer o diabo, que, por sua parte, procura debilitar o pastor para poder acabar com as ovelhas.

«(São João) Crisóstomo admoesta que a diminuição dos pastores faz e fará diminuir sempre mais o número dos fiéis e das comunidades. Sem pastores, nossas comunidades serão destruídas».

publicado por Theosfera às 16:24

«A superstição ofende mais a Deus do que o ateísmo».
Assim escreveu (intensa e magnificamente) Denis Diderot.

 

publicado por Theosfera às 11:15

 

Por estes dias, há muita luz no exterior. Mas há também muitas trevas no interior.
Que adianta tanto enfeite, tanta arte e tanta despesa se, cá dentro, tudo é trevas, sombra, negrume?
Vamos gerindo uma existência puramente ex-cêntrica e plenamente des-concentrada. Neste mundo — e particularmente nesta quadra — não somos nós que estamos em nós. É tudo agitação. Frenesim. Azáfama.
Ele são as compras. Os presentes. As roupas. E, como se não bastasse, são também as rivalidades e as invejas. O vizinho não pode ter vestidos melhores que os meus. O colega não há-de exibir mais riqueza que eu.
Porquê tudo isto, irmão? Que ganhas com tanto afã?
Já reparaste em como a luz que abunda no exterior é aquela que falta no teu interior?
Pára um pouco. Entra dentro de ti. Já vai sendo tempo…
publicado por Theosfera às 11:13

Já nos encontramos em plena sequência de almoços e jantares de Natal. Se há crise, não parece. Não há associação, grupo, clube, partido ou escola que não promova iniciativas deste jaez. Há na mesma a troca de prendas e as iguarias habituais. Nada a opor. Mas não seria mais mais condizente com o espírito de Natal algum comedimento, reservando a consoada para a família e encaminhando o dispêndio destas consoadas para os pobres? Depois, parece tudo tão formatado, tão standard. Não levem a mal. É o que sinto, é o que o coração me dita...

publicado por Theosfera às 11:06

Terça-feira, 15 de Dezembro de 2009

 

As pessoas são irracionais, ilógicas e egocêntricas.
Ame-as MESMO ASSIM.
 
Se  tens sucesso nas tuas realizações,
ganharás falsos amigos e verdadeiros inimigos.
Tem  sucesso MESMO ASSIM.
 
O bem que  fazes  será esquecido amanhã.
Faz o bem MESMO ASSIM.
Se a honestidade e a franqueza te  tornam vulnerável.
Sê honesto MESMO ASSIM.
Aquilo que  levaste  anos a construir,
pode ser destruído de um dia para o outro.
Constrói MESMO ASSIM.
Se deres ao mundo e aos outros
o melhor de ti mesmo,
Dá o que  tens de melhor MESMO ASSIM.
 
 
atribuído a Madre Teresa de Calcutá
publicado por Theosfera às 20:23

Sou sincero. Confesso que me custa ouvir discursos críticos de sacerdotes e de bispos para com a sociedade e que omitem o que se passa na Igreja. Tais posturas estão nos antípodas do Santo Padre. Ele não faz crítica apenas para fora. Só temos o direito de apontar o dedo para fora quando cumprirmos o (indeclinável) dever de corrigir o que não está mal cá dentro. Elementar.

publicado por Theosfera às 11:28

 

Com o risco que as simplificações sempre arrastam consigo, arriscaria dizer que a realidade fornece pranto e Deus oferece encanto.
Nesta altura do ano, se há coisas boas em que pensar, há também mágoas para recordar e tristezas para avivar. Para muitos, este é um tempo em que o pesar duplica e as lágrimas se intensificam.
É bom, por isso, que nos voltemos para o Único que enche o nosso ser e preenche a nossa vida.
E, às vezes, é preciso cair no fundo para nos apercebermos d'Aquele que nos estende a mão. A Sua mão amiga. A Sua mão salvadora.
Não tenhas qualquer problema em chorar, irmão, se isso te ajuda. O Senhor declarou felizes os que choram (Mt 5, 4). Mas confia na Sua palavra: tu não voltarás a chorar!
publicado por Theosfera às 11:18

Segunda-feira, 14 de Dezembro de 2009

A campanha Estandartes de Natal 2009 chegou ao fim, com a venda de todas as unidades que tinham sido encomendadas. Segundo a organização nacional, as vendas ultrapassam os 23 mil estandartes, mas o número ainda irá crescer nos próximos dias, pois há encomendas feitas que irão ter resposta.

 

A iniciativa nasceu numa plataforma criada por um grupo de famílias que pretendia partilhar com os seus amigos e vizinhos a alegria do Natal cristão. Cerca de 180 paróquias ofereceram a sua colaboração.

 

Só tenho pena de que a Lamego apenas tenham chegado dez exemplares. Pedi alguns há tanto tempo. Chegaram hoje!

publicado por Theosfera às 20:39

Uma mulher de 98 anos foi acusada de homicídio em segundo grau, por alegadamente ter sufocado a colega de quarto do lar, uma senhora de 100 anos.

 
 
Mulher de 98 anos acusada de matar colega de 100
A vítima, Elisabeth Barrow, no dia em que fez 100 anos
 

Laura Lundquist, de 98 anos, é acusada de matar Elisabeth Barrow, de 100, encontrada morta no quarto com um saco de plástico enfiado na cabeça. Aconteceu em Darthmout, no estado de Massachusetts, nos EUA.

O caso remonta a Setembro. Inicialmente, a polícia pensava que Elisabeth se havia suicidado, mas o exame do médico legista mudou o ângulo da investigação, ao concluir que a senhora havia sido estrangulada.

A suspeita, Laura Lundquist, queixava-se frequentemente da falta de sossego no quarto, ao dizer que a companheira tinha demasiadas visitas.

 

Inacreditável!

publicado por Theosfera às 16:38

O Santo Padre irá almoçar com as pessoas pobres assistidas pela Comunidade Santo Egídio, em Roma. A iniciativa acontece no último Domingo do ano, dia 27, festa da Sagrada Família.

 

O almoço, classificado como um «compromisso inédito» do Papa, está marcado para as 13h00 (hora local, menos uma em Lisboa) na sede da comunidade, no bairro Trastevere.

publicado por Theosfera às 16:22

S. João da Cruz foi um grande santo e, como tal, incompreendido, posto de lado. Passou pela noite do espírito. Mas manteve-se, persistiu.

publicado por Theosfera às 10:58

 

É habitual ouvirmos, por esta altura, muitos hinos à caridade. E também é certo que não faltam campanhas de solidariedade em favor dos mais pobres.
Mas parece que é tudo muito artificial. Muito fingido. E muito corrido.
Damos as sobras. Os restos.
Acabamos por não permitir que se faça o essencial. Isto é, que se instaure uma verdadeira cultura da partilha e da repartição dos bens.
Estes são pois uns dias de excepção e não tanto de coroamento de uma sensibilidade. No fundo, tudo isto mostra que continua a prevalecer o egoísmo.
Ainda vivemos muito para dentro de nós. Descontando estes (poucos) dias…
 
publicado por Theosfera às 10:55

Confesso o meu espanto com a notícia que, hoje, surge na imprensa. Alan Kardec está a caminho do Benfica e já se proclama como um novo Jardel.

 

Ora, Alan Kardec é o nome do fundador do Espiritismo. Tentei, mas não consegui descobrir se o jogador em causa é militante desta corrente.

 

Os nossos irmãos brasileiros são mesmo assim: desconcertantes.

 

Recordo um indivíduo que se declarava comunista e católico. Então, lembrou-se de pôr ao filho o nome de Lenine de Jesus

publicado por Theosfera às 10:51

Domingo, 13 de Dezembro de 2009

Alguma vez ouvíramos um Prémio Nobel da Paz defender o prosseguimento da guerra?

publicado por Theosfera às 23:42

Por muitas divergências que haja, não há motivo algum para se fazer o que hoje fizeram a Sílvio Berlusconi. Não estamos diante de um político. Estamos diante de um ser humano. Discutamos todos os argumentos, mas respeitemos toda a gente.

publicado por Theosfera às 23:40

 

Por esta altura é já grande a fadiga e incontrolável a ansiedade.
Que prendas vou comprar? Que presentes vou oferecer?
Ele são os convites para as festas de Natal (que, mais que convites, parecem verdadeiras intimações) com a indicação de que não nos esqueçamos da troca de presentes. Não falta inclusive a indicação do preço de referência.
Até as crianças já perderam o encantamento da surpresa e a fantasia da expectativa do que poderão receber naquela noite santa. Agora fazem exigências, ainda por cima dispendiosas. Nos hipermercados acotovelam os pais: «Quero isto. E mais isto. E mais isto»
Aos idosos, levamos apressadamente uma peça de roupa ou um bolo. E lá continuam eles na cama. Tantas vezes sozinhos. Quando muito, são convidados para a «consoada». Só que, na manhã de Natal, são reconduzidos ao abandono de há muito. À solidão de sempre.
Urge pois desmaterializar as ofertas de Natal. É preciso recordar que o maior presente é a presença. É a companhia. É o afecto. É o apoio. É a certeza de que alguém pode contar connosco.
Não nos esqueçamos de que, para muitos, a noite de 24 para 25 deste mês vai ser uma noite triste. Uma noite sofrida. Uma noite chorada.
A casa até pode estar repleta de coisas. E a alma também poderá estar cheia. Mas de mágoas. De dores. De ingratidões sem fim…
publicado por Theosfera às 18:56

 

Mulheres atarefadas
Tratam do bacalhau,
Do peru, das rabanadas.
 
-- Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei!
 
- Está bem, eu sei!
 
- E as garrafas de vinho?
 
- Já vão a caminho!
 
- Oh mãe, estou pr'a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei?
 
- Não sei, não sei...
 
Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:
 
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
 
Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!
 
Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
 
Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.
E Cristo Menino
A fazer beicinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
 
O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!
 
Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz:
 
- Foi este o Natal de Jesus?!!!
 
 
(João Coelho dos Santos
in Lágrima do Mar - 1996)
publicado por Theosfera às 06:09

Sábado, 12 de Dezembro de 2009

 

Deus é obviamente criterioso, mas não é selectivo nem limitado. Os Seus bens são para todos. E são para sempre.
Na verdade, Deus não deu Portugal aos portugueses, a Espanha aos espanhóis, nem a França aos franceses. No princípio, Deus deu a terra aos homens. A todos os homens. Para que a construíssem. Para que a fruíssem. E também para que a humanizassem e fraternizassem.
Na mesa que prepara para nós, Deus quer portanto que haja lugares para todos. Sem preferidos nem preteridos. Sem privilegiados nem marginalizados.
Com que direito então é que nós praticamos a exclusão? Com que autoridade é que um país rejeita a entrada de um ser humano no seu território e o recambia — como se de mercadoria se tratasse — para a terra de origem? Quem sabe se ao encontro da exploração, da cadeia ou até da morte?
E, para agravar as coisas, há quem se diga cristão e seja conivente com isto tudo. Como é possível este desfasamento?
Uma coisa é o que sai dos nossos lábios e outra coisa, bem diferente e bem pior, é o que brota da nossa vida…
publicado por Theosfera às 11:48

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