Há dois mil anos, houve quem não quisesse acolher Cristo.
Hoje em dia, continua a haver quem O rejeite.
O diagnóstico do prólogo do quarto Evangelho mantém assim total acuidade: «O Verbo veio para o que era Seu e os Seus não O receberam» (Jo 1, 11).
Não falta quem insista em afastar Deus da vida pública. Se, no passado, os homens Lhe disponibilizaram um espaço para nascer, no presente, não mostram especial interesse em reservar-Lhe um lugar para permanecer. Ou seja, o tempo passa, mas a atitude persiste.
O problema é que, ao cortar com Deus, o homem não fica só sem Deus; arrisca-se a ficar também sem mundo e sem…ele mesmo. Como escreveu Xavier Zubiri, «é a solidão absoluta».