O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2009

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publicado por Theosfera às 19:44

As varandas e janelas das cidades portuguesas vão este ano poder assinalar o nascimento de Cristo através dos Estandartes de Natal.

 

«As pessoas sentem que há um vazio nas decorações natalícias, que não têm nada a ver com o tradicional espírito cristão».

 

O Estandartes de Natal 2009 é uma plataforma criada por um grupo de famílias que pretende partilhar com os seus amigos e vizinhos a alegria do Natal cristão.

publicado por Theosfera às 19:42

A crise não pára, mas a solidariedade aumenta. O Banco Alimentar contra a Fome teve um acréscimo de dádivas. Como é bom o bom povo. Como nele Deus habita!

publicado por Theosfera às 11:34

«Tem ideia de quanto mal nós fazemos por essa maldita necessidade de falar?»

Assim escreveu (notável e magnificamente) Luigi Pirandello

publicado por Theosfera às 11:29

Na Espanha, onde a vibração atiça ânimos até ao paroxismo mais improvável, o Barcelona-Real Madrid de ontem foi apresentado como um confronto entre a cantera e a cartera.

 

A cantera é a a escola de formação. A cartera é, obviamente, o investimento em dinheiro. O Barça tem apostado na formação de jogadores. O Real opta por abrir os cordões à bolsa. O jogo foi equilibrado. Mas o Barça venceu. A cartera perdeu.

 

Em Portugal, houve um empate. O Sportingo jogou com muitos jogadores da sua cantera. O Benfica, mais imponente, fez valer a força da cartera. Só dois jogadores lusos alinharam no onze inicial. Houve empate.

 

Nós, aqui, somos quase sempre assim: indefinidos.

publicado por Theosfera às 11:22

Aznar era visto como um péssimo candidato e, para os espanhóis, revelou-se um bom primeiro-ministro. Ao invés, Obama posicionou-se como um excelente candidato e, pelos vistos, está a desapontar como presidente.

 

Sarsfield Cabral assevera: «As coisas não estão a correr bem a Obama. A ideia de que um bom candidato pode não ser um bom presidente parece confirmar-se».

 

Não é bom para ele. Não é sobretudo bom para nós, para o mundo, para os pobres.

publicado por Theosfera às 11:18

A Suíça decidiu, em referendo, proibir a instalação de minaretes nas mesquitas.

 

Lamento, pelos irmãos muçulmanos e pela cultura plural.

 

A chave da vida é a convivência.

 

Que terá levado um povo tão culto e maduro a tomar um (ínvio) caminho como este?

publicado por Theosfera às 11:15

As coisas parece que já andavam mal. Ontem, perseguiu o veículo que levava a Esposa. Quando a viatura parou, apontou-lhe a arma. Matou-a e matou um soldado da GNR. A filha viu tudo. Mais uma vez, lamentamos as consequências. Mas assistimos, constantemente, ao desfile das causas (da dissolução da Família) e que fazemos? Que podemos fazer?

publicado por Theosfera às 11:12

 

Andamos uma vida inteira à procura de nós mesmos.
        
  Tarefa prioritária, jamais, por nós próprios, a levamos à plenitude.
         
Na verdade, quem pode dizer que se conhece?
         
Quem pode assegurar que nunca se surpreendeu perante uma afirmação proferida, uma decisão tomada ou uma acção cometida?
         
Somos — todos temos consciência disso — uma surpresa para nós próprios.
         
Esta convicção degenera, por vezes, em desânimo e desespero.
        
  A história do pensamento é a história desta procura insana e desta insatisfação permanente.
        
  É, entretanto, neste contexto que Deus intervém.
         
A Sua auto-revelação acaba por ser também a revelação do que nós somos.
         
Pois, para nos falar, Ele próprio desceu à nossa humanidade.
         
Tornando-Se homem (Jo 1, 14), mostrou-nos que o humano é capaz de acolher o divino.
         
«O homem é, por isso, — como escreveu Edward Schillebeeckx — a palavra de que Deus Se serve para escrever a Sua história».
         
Mas há, entretanto, uma outra face desta situação, que importa realçar com toda a força.
         
É que o humano só atinge a sua máxima expressão quando é assumido por Deus.
         
É Deus, ao fazer-Se homem em Jesus Cristo, quem nos revela quem nós somos (cf.Gaudium et Spes 22).
         
Isto significa que é também quando nos abrimos à relação com Deus que encontramos, em toda a plenitude, o sentido da existência.
         
Por conseguinte, quanto mais em Deus, mais em nós mesmos. Isto é, mais felizes, mais libertos, mais verdadeiros.
         
Que as nuvens nos façam chover, pois, o Justo.
         
Ou então como (mais próximo de nós) afirmava Miguel de Unamuno:«Quando Deus quiser chover na tua vida…deixa chover».
publicado por Theosfera às 11:09

Domingo, 29 de Novembro de 2009

A Telepace está a passar, agora mesmo, uma reportagem deveras interessante.

 

No Cazaquistão, um dos bispos mais jovens e mais promissores está a construir uma catedral dedicada (imaginem!) a Nossa Senhora de Fátima.

 

Ao lado, constrói-se também uma habitação para o bispo e para os padres. Há igualmente uma paróquia com adoração perpétua.

 

Refira-se que Mons. Anasthasius Schneider é um bispo que publicou um magnífico livro sobre o respeito que se deve ter para com a Sagrada Comunhão.

 

Lá longe, sobram sinais de esperança para a nossa Igreja!

publicado por Theosfera às 06:24

Sábado, 28 de Novembro de 2009

Ninguém pode condenar ninguém.

 

Mas daí a apontar como herói aquele que falha vai uma grande distância.

 

Se alguém casado trocasse a sua esposa ou o seu marido por outra esposa ou por outro marido, que avaliação faríamos?

 

Por isso, acerca do Padre Rui o melhor a fazer é calarmo-nos.

publicado por Theosfera às 11:59

O problema não é apenas o facto dos crimes. É também (e bastante) a indiferença que mostramos quando eles começam. Só acordamos quando eles terminam.

 

Quando não actuamos nas causas, arriscamo-nos a lamentar as consequências.

 

Olhemos para a família. Olhemos para a educação. E, depois, não nos queixemos.

publicado por Theosfera às 11:57

 

Era prática corrente de Jesus associar ideias contrastantes. Como que a mostrar a irredutibilidade da Sua doutrina.
         
A felicidade — para muitos, uma miragem — não decorre de uma vida de ostentação, mas da fidelidade ao Evangelho mesmo em momentos difíceis.
 
        
  Porventura, isto não será entendido pela corrente dominante.
         
Tudo tem a ver com a opção de base que fazemos.
        
  Quem opta por Cristo, opta pela cruz e pela glória que vem a seguir.
         
É que a partir de Jesus fica definitivamente claro que não há ressurreição sem cruz, não há vida sem morte, não há êxito sem custos.
         
O que importa interiorizar é que vale a pena correr os riscos. Porque não andamos no escuro.
         
Pelo contrário, a própria escuridão está cheia de luz.
 
publicado por Theosfera às 11:45

Sexta-feira, 27 de Novembro de 2009

 Não, Mãe! Não te deixarei ir para nenhum Lar. Respeito muito estas instituições, mas quero que fiques sempre ao pé de mim. Que sofras ao pé de mim. Que sorrias ao pé de mim. Se tivesses de ir para um Lar, eu arrisco dizer que iria contigo. Unidos para sempre, Mãe!

publicado por Theosfera às 16:18

 

O fim não é sinónimo de dissolução, de aniquilamento, de catástrofe, mas de acabamento, de realização, de plenitude.
         
 De resto, esta percepção povoa o imaginário colectivo da humanidade. Veja-se o caso do desporto. Todos os esforços de um ano visam um único objectivo: ser o primeiro no fim da competição.
 
Olhemos também para a vida estudantil. Noites em claro, horas a fio diante dos manuais, tudo se faz numa direcção muito nítida: ter aproveitamento no fim do ano lectivo.
         
Desde o começo, aponta-se logo para o fim. E isto justifica todos os sacrifícios, todas as provações, todas as contrariedades. O fim que se pretende alcançar é de tal modo mobilizador que os mais diversos obstáculos são enfrentados com entusiasmo e força de ânimo.
         
Centrar a vida em torno de um fim implica, como se compreende, uma grande disciplina.
         
Um desportista ou um estudante, para chegarem ao fim em boa posição, têm de renunciar a muitas coisas que, eventualmente, considerariam aprazíveis.
         
O fim de que Jesus nos fala não se atinge sem o abandono de muitas opções e de muitos comportamentos que, talvez, nos enchessem de satisfação.
         
O poder, a fama e a glória surgem-nos, com frequência, como objectivos atraentes.
         
Por causa de os conseguir, dispomo-nos a tudo. Acontece que a insatisfação não desaparece do nosso espírito. Os testemunhos, a este respeito, são abundantes e eloquentes.
         
Só Deus é um fim à altura do querer e do esperar humanos. No fundo, tudo aquilo a que aspiramos, nos é oferecido por Ele. Cabe-nos, portanto, ajustar a nossa existência em função deste fim. De que maneira?
         
Jesus é o caminho (Jo 14, 6). Seguir Jesus é enveredar pelo caminho que nos leva ao fim, à plenitude.
         
O próprio sofrimento não é capaz de impedir o acesso a Ele. Significativamente, foi quando atingiu o máximo de sofrimento que Jesus deu por cumprida a Sua missão.
         
Tudo está consumado — foram as Suas últimas palavras de acordo com o evangelista S. João (19, 30).
         
Dir-se-á que tudo isto é misterioso. Não o nego. Mas tudo isto é também muito belo. Pois, em Cristo, torna-se possível até encontrar o amor no ódio, o perdão na ofensa, a vida na morte, a eternidade no tempo.
         
Diante disto que importa saber o dia e a hora? Importa, sim, estar preparado.
 
publicado por Theosfera às 11:17

Quinta-feira, 26 de Novembro de 2009

S. Basílio recusou-se a participar num concílio porque as reuniões só costumavam dar confusão. S. Tomás de Vilanova foi ao ponto de não ir ao Concílio de Trento para ficar no meio do seu povo.

 

É verdade que nem sempre é fácil discernir, mas é fundamental que respeitemos as opções que cada um, em consciência, tem de tomar.

 

Há mais vida para lá das reuniões.

publicado por Theosfera às 19:17

D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, reuniu-se com os padres da Diocese que foram ordenados na última década, pedindo que se centrem «naquilo que lhes é específico».

 

«Concretamente, em torno do Sacramento da Eucaristia e, como sinal de Cristo Sacerdote, no meio dos seus, quer no Sacramento da Reconciliação, quer em tudo o que é animação da fé e da vida espiritual dos cristãos», aponta.

 

O antístite assegurou que espera desta nova geração uma «presença de Cristo Pastor no meio do Seu povo e no meio do mundo». Para este responsável, isso é algo extremamente importante num momento em que «cada vez mais eles são procurados por todas as inquietações e buscas do mundo envolvente».

publicado por Theosfera às 19:15

«Para ser original, basta imitar os autores que já não estão na moda».

Assim escreveu (sagaz e magnificamente) Jules Renard.

publicado por Theosfera às 11:44

«As palavras salvaram-me sempre da tristeza».

Assim escreveu (melancólica e magnificamente) Truman Capote.

publicado por Theosfera às 11:39

«Um pouco de desprezo economiza bastante ódio».

Assim escreveu (subtil e magnificamente) Jules Renard.

publicado por Theosfera às 11:15

Impressionou-me, vivamente, a entrevista de Pedro Namora acerca da exasperante lentidão do processo Casa Pia.

 

O que mais retive foi a vigorosa denúncia do afastamento das pessoas que melhor estavam a tratar do caso.

 

Como é possível? Fazer bem é um crime?

publicado por Theosfera às 11:12

 

Habitualmente, as chamadas questões últimas geram em nós, não esperança, mas preocupação, ansiedade e até temor.
 
Absorvidos como estamos pelo quotidiano, falta-nos a predisposição necessária para ultrapassarmos a barreira do imediato, do concreto e do sensível.
         
É assim que preferimos a evasão à reflexão.
         
Como se não pensar no fim último evitasse o confronto com ele.
         
Há, entretanto, uma segunda desfocagem relativamente a esta realidade.
         
Admitida a sua inevitabilidade, tendemos a conjecturar acerca da sua ocorrência.
         
Também Jesus foi abordado neste sentido.
         
E, como sempre, não satisfez a curiosidade dos Seus ouvintes.
         
A importância das questões últimas assenta, não no conhecimento antecipado da sua ocorrência, mas no convite a uma cuidada preparação para a sua vivência.
         
Ou seja, não interessa saber quando e como acontecerá tudo isso. Interessa, sim, estar preparado. No plano pessoal e à escala do próprio mundo.
         
De facto, estamos preparados quando orientamos a nossa vida em função do fim, da meta, da consumação.
         
Já Gandhi intuía, de forma assombrosa, esta orientação fundamental da existência, ao afirmar: O que importa é o fim para que sou chamado.
         
publicado por Theosfera às 10:56

Quarta-feira, 25 de Novembro de 2009

«À minha volta, reprova-se a mentira, mas foge-se cuidadosamente da verdade».

Assim escreveu (atenta e magnificamente) Simone de Beauvoir.

publicado por Theosfera às 16:37

A obediência é fudamental para um crente. Penso, antes de mais e acima de tudo, na obediência a Deus e na obediência a quem nos fala em nome de Deus.

 

Mas a obediência não pode ser vista apenas pelo lado do destinatário. Ela responsabiliza também o emissor.

 

O pastor tem de actuar em nome de Deus. Se ele manda em sentido contrário a Deus, obedecer seria uma estultícia, um pecado.

 

O discernimento nem sempre é fácil e jamais pode ser automático. Temos de estar centrados em Deus. Todos.

publicado por Theosfera às 16:34

 

Hoje queria dirigir-me especialmente a si. A si que, por várias vezes, já me disse que não simpatiza com este Papa.
 
Quando lhe peço um motivo, o mais frequente é dizer-me, após um furtivo encolher de ombros, que não vai com a cara dele.
 
E é assim que os lugares comuns nos arrastam. Passa uma corrente por nós e poucos lhe resistem. Não importam as razões: simpatizamos porque sim, antipatizamos porque não.
 
A única coisa que vem à mente é a cara. Ou seja, muita gente não sabe porque é que não gosta do Papa. Não gosta e ponto final.
 
É certo que as coisas parecem estar a mudar um pouco. Mas, lá no fundo, a animosidade persiste.
 
Sucede que este é um factor para que eu o admire ainda mais. O Santo Padre sabe que é contestado. E, apesar disso, nada faz para ser popular nem aplaudido. Não vacila. A sua palavra é clara e o seu caminho é recto. Não anda às curvas.
 
O mais curioso é que o Papa é tão crítico da Igreja como aqueles que se lhe opõem. É mesmo capaz de já ter usado palavras que não ocorreriam a mais ninguém.
publicado por Theosfera às 12:40

«Não há ninguém mais fácil de enganar do que um homem honesto; muito crê quem nunca mente, e confia muito quem nunca engana».
Assim escreveu (notável e magnificamente) Baltasar Gracián y Morales.

 

publicado por Theosfera às 11:02

 

Quem entra no Templo contrai a obrigação de tentar transformar o Tempo.
 
Aliás, quem subestima o Tempo ao sair do Templo fere gravemente um dos desígnios fundamentais do seu ser crente.
 
O «ide por todo o mundo» (Mt 28, 19) não tem apenas a conotação espacial que lhe é reconhecida. Abrange também — e bastante — o indeclinável dever de renovar a paisagem do Tempo e de transfigurar o rumo da História.
 
A inversa é igualmente verdadeira, pois quem se esquece de subir ao Templo dificilmente conseguirá alento para revitalizar o Tempo que lhe é dado como dom e que acabará por lhe ser cobrado como tarefa.
 
Todavia, tanto há quem peque por omissão na relação com o Templo como quem peque por demissão na relação com o Tempo. Que autoridade nos assiste, porém, para «separar o que Deus uniu» (Mt 19, 6)?
publicado por Theosfera às 10:58

 

1. Nem tudo está bem na Igreja eis uma evidência que muitos subscrevem.
 
Já dizer que a culpa não é do Papa constitui uma afirmação em que quase ninguém se revê.
 
Também eu concordo que nem tudo está bem na Igreja. E o próprio Papa é o primeiro a reconhecê-lo.
 
A poucos dias da sua eleição, verteu esta confissão que poucos ousariam fazer: «Quanta sujidade existe na Igreja! A Igreja parece uma barca que mete água por todos os lados. As vestes e os rostos da Igreja estão sujos. E somos nós mesmos a sujá-los».
 
Bento XVI tem sido a voz mais inconformada acerca do que se passa na Igreja, apontando problemas e apurando responsabilidades.
 
É por isso que considero uma enorme injustiça o desamor que se vota a Bento XVI e que se devotava já a Joseph Ratzinger. Trata-se, contudo, de um dos lugares comuns mais difundidos e entranhados.
 
É pena, acima de tudo, porque fere a verdade. Ao contrário de muitos (que respeito, como é óbvio), estou seguro de que Bento XVI não é o responsável pela crise da Igreja. É, sim, a bússola para vencer a crise.
 
De resto, se repararmos bem, tem todos os condimentos para justificar o nosso apreço. É corajoso. Não se importa de estar em minoria. Proclama o que crê e diz o que sente. Aponta para o essencial. É incompreendido e contestado. Não teme ser impopular.
 
 
2. Poucos como ele têm tido o desassombro de descrever a situação da Igreja sem o menor subterfúgio ou o mais leve rodeio.
 
Desde há muito, está consciente de que a Igreja é uma oportunidade frequentemente transformada em obstáculo: «Se, antigamente, a Igreja era, incontestavelmente, a medida e o lugar do anúncio, agora apresenta-se quase como o seu impedimento».
 
Regra geral, alega-se que o problema é a falta de integração no mundo. Pois o problema parece ser precisamente o contrário: um excesso de integração, quase a resvalar para a dissolução.
 
Não raramente, com efeito, «observamos um estranho oportunismo da Igreja diante das tendências do tempo, inclinando-se de repente para a adaptação quando deveria haver resistência».
 
Isto significa que, em vez de se assumir como a diferença e a alternativa, a Igreja se resigna a ser a repetição e a redundância.
 
Não é assim que se serve a humanidade. O então Cardeal Joseph Ratzinger disse, no magnífico Diálogo sobre a Fé, que a Igreja era chamada a ser «oposição à ideologia da banalidade que domina o mundo». Sucede que, por vezes, parece que se prefere fazer, dentro da Igreja, oposição à doutrina da própria Igreja.
 
Daí que «estar pronto para a oposição e a resistência seja, indubitavelmente, uma missão para a Igreja».
 
 
3. Não é pela tendência dominante que a Igreja se há-de nortear. «Não se pode contestar — nota Bento XVI — que a maioria pode enganar-se e os seus erros não se referem apenas a questões marginais».
 
Não é sequer «o clero que prescreve o que é ou deve ser a Igreja». O sacerdócio não é uma estrutura de poder nem tampouco uma instância de decisão. É, antes de mais, a sinalização «do vínculo da Igreja ao Senhor Jesus».
 
No sacerdócio, a Igreja supera-se a si mesma, mostrando que ela «não surge através de assembleias, acordos, erudição ou força organizativa». A Igreja deve-se sempre — e só! — a Cristo.
 
É Cristo que conduz a Igreja, «não são os homens que a moldam a seu bel-prazer».
 
Se permanecemos na Igreja é precisamente porque, apesar de todas as suas fragilidades, é «ela que nos dá Jesus Cristo».
 
4. É sobretudo aos padres e aos bispos que incumbe certificar esta presença de Cristo: pela palavra dos lábios e pela palavra da vida.
 
Bento XVI verbera os pastores que, «para evitar conflitos, deixam que o veneno se espalhe. Um bispo interessado apenas em não ter aborrecimentos assusta-me».
 
A tranquilidade é uma aspiração de todos, mas não pode ser uma prioridade do seguidor de Cristo.
 
Uma única paz lhe é lícito gozar: a paz da permanente inquietação!
publicado por Theosfera às 00:02

Terça-feira, 24 de Novembro de 2009

É um Homem de grande dignidade e lealdade.

 

Nunca tergiversa nos princípios nem vacila na amizade.

 

Humilde e simples, rende tributo à maior nobreza: à verdade e à autenticidade.

 

Não ostenta qualquer título senão o de ser uma enorme pessoa de bem.

 

Não é o mais importante?

publicado por Theosfera às 16:00

Rezava, convidava a rezar, anunciava a doutrina, era obediente ao Santo Padre. Nunca elevou a voz nem maltratou ninguém. Esmolava os pobres e convivia com os simples.

 

Na rua, recebeu provas de simpatia. Em casa, foi marginalizado, torturado, perseguido e rudemente eliminado.

 

Já não existe. É uma recordação. Apenas. 

publicado por Theosfera às 15:54

Manuel Alegre quer mais decência na vida política. Será possível não querer?

publicado por Theosfera às 11:18

No Peru, andam a assassinar pessoas gordas para lhes extraírem gordura.

Nas Filipinas, andam a matar e a decapitar cidadãos por causa de divergências políticas.

Que mundo o nosso?

publicado por Theosfera às 11:14

«Uma dor assim, se tivesse podido prevê-la, saberia suportá-la».

Assim escreveu (luminosa e magnificamente) Virgílio.

publicado por Theosfera às 11:13

Nenhum lugar é impedimento para o anúncio da mensagem e a proclamação da verdade.

 

Mas confesso que também eu sinto algum constrangimento ao ver alguns senhores bispos em casinos e jantares partidários.

 

Percebo a intenção deles, mas entendo igualmente o incómodo de muitos.

 

Gostava mais de ver os pastores da nossa amada Igreja junto dos pobres e dos simples. 

publicado por Theosfera às 11:08

 

É confrangedor coligir os preconceitos (quase todos infundados) que por aí abundam acerca do cristianismo.
 
Torna-se aflitivo verificar como se fala de inclemência quando o Evangelho é misericórdia.
 
Como se insiste na severidade quando o Evangelho é humildade e mansidão.
 
Como se cultivam arbitrariedades quando o Evangelho está alicerçado na justiça (Mt 5, 20).
 
Como se invocam fardos insuportáveis quando o Evangelho propõe «um jugo suave e uma carga leve» (Mt 11, 30).
 
Como se fere a paz interior quando o Evangelho é uma oferta de felicidade (Mt 5, 1-12).
 
Percebe-se, pois, a alegria daquele sacerdote em «ter dado apoio às consciências de muitas pessoas, libertando-as de traumas e problemas».
publicado por Theosfera às 11:06

Segunda-feira, 23 de Novembro de 2009

 

Qualquer escândalo tem um tempo de antena desmedido.
 
Os operadores televisivos sabem que o público consome e que, portanto, a audiência está assegurada e o êxito garantido.
 
Neste clima de anomia ética e de anemia cívica, não espanta que as pessoas se espantem com a denúncia de alguns comportamentos. Os truísmos sucedem-se. Se toda a gente faz assim, porque é que eu não hei-de fazer assim? E se há anos se procede desta forma, que mal há em que eu também proceda?
 
Os valores valem pouco. Os princípios parecem contar cada vez menos. Desde que me interesse e me agrade, tudo bem. Nada é mal se me dá prazer. Nem que falte à palavra e aos compromissos. Nem que ofenda a honra. Nem que passe por cima das pessoas.
 
Mas será que nós, cristãos, ainda dá voz aos grandes mandamentos?
publicado por Theosfera às 11:20

Domingo, 22 de Novembro de 2009

A questão da verdade aparece, muito intensa, no Evangelho deste domingo.

 

Aprendemos que a verdade é a adequação do pensamento à realidade.

 

Ora, para Cristo, a verdade não está na adequação, mas na transformação.

 

O conformismo não se compagina com Cristo porque não se compagina com a Verdade.

 

Onde está verdade nos seguidores de Cristo?

publicado por Theosfera às 16:19

Há quem não queira dar lugar a Deus na sociedade.

 

E que lugar estamos a dar a Deus na Igreja?

 

Esta segunda interrogação é muito mais pertinente e dramática.

 

Não será que Deus é muito mais silenciado cá dentro do que lá fora?

 

publicado por Theosfera às 16:17

 

Nas trevas que se adensam na história, há uma Luz que (teimosamente) brilha e uma Palavra que se quer fazer ouvir.
 
Só que, muitas vezes, as trevas não querem acolher a Luz nem consentem que a Palavra ecoe e Se faça carne na nossa vida (Jo 1, 14).
 
É que, ao contrário de tempos idos, o que está em causa hoje já não é tanto o silêncio da Palavra. É sobretudo o compulsivo silenciamento do Verbo.
 
Deus não está em silêncio. Está é a ser (violentamente) silenciado. Mas, ainda assim, continua a ser possível escutar a Sua voz.
 
«Senhor — assim rezava Sören Kierkegaard —, Tu falas, mesmo quando Te calas. Calas-Te por amor e por amor falas. Tanto és no silêncio como na palavra. Tu és sempre o mesmo Pai: guias-nos com a Tua voz e elevas-nos com o Teu silêncio»…
publicado por Theosfera às 16:14

O Papa Bento XVI disse este domingo que escolher Cristo assegura a paz e a felicidade.

«Para qualquer tomada de consciência é preciso fazer uma escolha: a quem seguir, Deus ou o Maligno, a verdade ou a mentira? Escolher Cristo não garante o êxito segundo os critérios mundanos, mas assegura a paz e a felicidade que só ele pode proporcionar».


 

publicado por Theosfera às 16:10

Sábado, 21 de Novembro de 2009

«Escreve as tuas mágoas no pó e as tuas conquistas no mármore».

Assim escreveu (subtil e magnificamente) Benjamim Franklin.

publicado por Theosfera às 11:10

 

Há dois mil anos, houve quem não quisesse acolher Cristo.
 
Hoje em dia, continua a haver quem O rejeite.
 
O diagnóstico do prólogo do quarto Evangelho mantém assim total acuidade: «O Verbo veio para o que era Seu e os Seus não O receberam» (Jo 1, 11).
 
Não falta quem insista em afastar Deus da vida pública. Se, no passado, os homens Lhe disponibilizaram um espaço para nascer, no presente, não mostram especial interesse em reservar-Lhe um lugar para permanecer. Ou seja, o tempo passa, mas a atitude persiste.
 
O problema é que, ao cortar com Deus, o homem não fica só sem Deus; arrisca-se a ficar também sem mundo e sem…ele mesmo. Como escreveu Xavier Zubiri, «é a solidão absoluta».
publicado por Theosfera às 11:06

Sexta-feira, 20 de Novembro de 2009

«Testemunhar o nascimento de uma criança é a nossa melhor oportunidade de experimentar a palavra milagre».

Assim escreveu (sublime e magnificamente) Paul Carvel.  
publicado por Theosfera às 22:33

 

O ritual da Universidade de Salamanca, tanto a estatal como a Pontifícia, têm o acto de juramento no final do acto de nomeação de doutores honoris causa.
Ritual a que se submeteu Saramago  
Juramento.
Durante el juramento todos los asistentes permanecen en pie y descubiertos.
El Rector indica al padrino que lea al nuevo doctor el juramento que se va a prestar ante el Claustro.
    Rector.-Lege iuramentum novo doctori.
   
Lee su juramento al nuevo doctor.
    Padrino: - Iuras ad crucem et ad Sancta Dei Evangelia per te tacta, semper ubicumque fueris iura el privilegia, honorem Studii huius Universitatis conservare, semper eam iuvare et in negotiis Universitatis et factis consilium, auxilium et favorem praestare quotiens eris requisitus?
    ¿Juras ante la Cruz y sus Santos Evangelios que estás tocando, siempre y donde quiera que estuvieres, guardar los derechos y privilegios y el honor de esta Universidad y siempre ayudar, prestar apoyo y consejo, en las obras y asuntos de la misma, cuantas veces fueres requerido?.
El nuevo doctor pone su mano sobre el Evangelio y dice:
    Doctor.- Sic iuro et volo.
    Así lo juro y así lo quiero.
    Rector.-Sit te Deus adiuvet et Sancta Dei Evangelia. Amen
    Así Dios te ayude y sus Santos Evangelios.
Amén.
 
publicado por Theosfera às 22:18

Quantos ateus foram gerados por um ateu?

Quantos ateus foram gerados pelos crentes?

 

Esta é uma pergunta que se podia fazer e um inquérito que se devia realizar.

publicado por Theosfera às 20:14

Uma eminente figura da Igreja disse, hoje mesmo, que «nunca, como hoje, as forças ateisantes, que se apresentam como defensoras da autonomia e da grandeza do homem, procuram neutralizar a influência da religião e dos crentes nos dinamismos construtores da sociedade».

 

Percebo o que se quer dizer e, à primeira vista, assim é. Mas, com todo o respeito, continuo a pensar que o ateísmo é sempre reactivo. E tenho para mim que quem mais neutraliza o efeito da presença da religião na sociedade são muitos membros das religiões.

 

Enquanto não tivermos a humildade de reconhecermos isto, os lamentos continuarão. Apenas lamentos.

publicado por Theosfera às 19:34

Confesso.

 

O que mais me preocupa não é o mal que alguns fazem.

 

É o bem que muitos deixam de praticar.

publicado por Theosfera às 16:07

«A gratidão é um fruto de grande cultura; não se encontra em gente vulgar».

Assim escreveu (esplendorosa e magnificamente) Samuel Johnson.

publicado por Theosfera às 16:05

Ainda não tinha pensado nisso, mas uma leitora do Público toca numa questão elementar.

 

Desde o dia 1 do corrente, aquele diário tem uma directora, Bárbara Reis.

 

Então, porque é que mantém uma secção com o título de Cartas ao Director?

publicado por Theosfera às 16:02

30 por cento das crianças têm excesso de peso. Será que as outras 70 por cento têm falta de peso?

Realmente, estamos num mundo de contrastes...

publicado por Theosfera às 16:00

Bento XVI nomeou o arcebispo D. Manuel Monteiro de Castro consultor da Congregação para a Doutrina da Fé, segundo informou ontem a Sala de Imprensa da Santa Sé.

 

D. Manuel Monteiro assumiu o cargo de secretário da Congregação para os Bispos em 3 de Julho de 2009. Em Outubro foi designado pelo Papa como secretário do Colégio dos Cardeais.

 

Nascido em Guimarães no ano de 1938, é licenciado em Direito Canónico. Entrou para o serviço diplomático do Vaticano em 1967.

 

D. Manuel Monteiro de Castro tem uma longa experiência diplomática ao serviço da Santa Sé, que o fez passar pelo Panamá, Guatemala, Vietname, Austrália, México, Bélgica, Trinidad e Tobago, África do Sul e Espanha, onde permaneceu entre 2000 e 2009. Foi também observador permanente do Vaticano na Organização Mundial do Turismo.

publicado por Theosfera às 15:59

Porque é que tudo parece correr bem a quem faz o mal?

E porque é que tudo parece correr mal a quem tenta fazer o bem?

 

Eis uma inquietante pergunta que muita gente me faz.

Costumo apontar para Cristo: ninguém como Ele fez tanto bem; ninguém como Ele recebeu tanto mal.

 

É mesmo um mistério.

Mas antes receber mal por causa do bem do que receber o bem por causa do mal...

publicado por Theosfera às 12:39

Quinta-feira, 19 de Novembro de 2009

«Só damos pelo envelhecimento dos outros».

Assim escreveu (notável e magnificamente) André Malraux.

publicado por Theosfera às 16:11

Já disse que gosto muito do Alentejo e dos alentejanos.

 

Sofro ao saber que o Alentejo poderá estar a enfrentar a maior seca de sempre.

publicado por Theosfera às 16:10

«A nossa vida é o que os nossos pensamentos fazem dela. O valor de cada um é relacionado com o valor das coisas».

Assim escreveu (magistral e magnificamente) Marco Aurélio.

publicado por Theosfera às 16:08

As multas na A25 já renderam 7,7 milhões de euros.

 

Prevaricar é connosco.

publicado por Theosfera às 16:07

O Professor de Psiquiatria Wolfgang Speiling estabelece uma relação, que julgaríamos improvável, entre a Gripe A e a crise económica.

 

Chama, particularmente, a atenção para a onda de alarmismo e para a responsabilidade da comunicação social.

 

O ambiente de pânico é tal que já nem certezas há quanto ao efeito da vacina: se ajuda ou se complica.

 

Três fetos perderam a vida após as mães terem sido vacinadas. Causa ou mera coincidência?

 

Isto está tudo muito nebuloso.

 

Amigos meus que vivem noutros países atestam que a Gripe A tem maior incidência e a comunicação social é muito mais parcimoniosa na notícia.

publicado por Theosfera às 16:03

 

A fome é o único adversário que vale a pena enfrentar, o único inimigo que vale a pena combater e a única guerra que vale a pena travar.
 
A estratégia até é fácil de enunciar, embora se mostre difícil de executar. Já Frei Amador Arrais, no século XVI, dava conta de que «o medicamento para a fome é o comer».
 
Aliás, está (mais que) demonstrado que o nosso défice não é de alimentos, nem de riqueza, mas de justiça e de solidariedade. Bastava que investíssemos uma ínfima parte das energias, que esbanjamos nas guerras, na luta contra a fome para que a situação fosse rapidamente resolvida.
 
A paz não nasce das bombas preventivas ou dos ataques retaliatórios, mas da construção da justiça. Isto é, quando, como diz belamente Jürgen Moltmann, «puxamos o futuro de Deus para o presente do mundo».
publicado por Theosfera às 06:22

A Igreja teme o disparo da prostituição na África do Sul durante o Mundial de 2010, o que facilitaria a propagação da SIDA.

 

O senhor arcebispo de Durban, cardeal Wilfrid Fox Napier, que se encontra em Roma por motivo da assembleia plenária da Congregação para a Evangelização dos Povos, demonstrou à agência Fides a sua preocupação.

 

«A maior preocupação é quanto a uma possível explosão do fenmeno da prostituição. ´Parece-me que a FIFA (Federação Internacional de Futebol) está a pressionar o governo sul-africano para despenalizar a prostituição».

 

«Se isso sucedesse, teríamos um forte aumento da propagação do vírus HIV e da SIDA», advertiu.

publicado por Theosfera às 06:18

Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009

Mesmo que a crise perdure e o desemprego aumente, a confiança dos portugueses tenderá a aumentar no próximo ano, pelo menos até Junho.

 

Portugal acaba de carimbar o passaporte para o Mundial. E, diga-se, até jogou bem, muito bem. Foi pena ter pecado na finalização. Porque apresentou argumentos para uma goleada. Bastou, porém, um golo.

 

Não se pense que a Bósnia foi um oponente fácil. Não. Tem uma selecção muito forte, com um futebol deveras acutilante. Há ali futuro.

publicado por Theosfera às 22:25

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