Aprendi a conhecê-la. Mas não consigo encontrá-la.
Aprendi a conhecê-la. Mas não consigo encontrá-la.
Tenho andado a estudar o que aconteceu há cem anos, com a implantação da república e com a perseguição à Igreja.
As coisas não foram fáceis nem uniformes.
A história não se repete. Mas há grandes lições a extrair.
Nem sempre concordo com Paulo Rangel. Mas acabo de confirmar que é um homem superiormente inteligente.
A entrevista que deu a Judite de Sousa talvez marque um ponto de viragem da discussão sobre a liderança do PSD.
Toda a gente percebeu que Marcelo Rebelo de Sousa se retirara da corrida quando disse que não queria ir «a ringue».
Não entendi assim. O que deduzi foi que Marcelo não quer uma liderança disputada entre muitos nomes. Quer uma solução de unidade.
Noto que Rangel pensa o mesmo. Ele acha que Marcelo vai avançar. E, como que em cascata, outros nomes já secundaram o apelo.
Se Marcelo não avançar, Rangel terá de o fazer apesar do entusiasmo que revelou pelas funções de deputado europeu.
Mas o que penso é que Rangel se está a posicionar para o pós-marcelismo.
Continuo a intuir que Marcelo, lá no fundo, está a apostar num cenário de eleições daqui a dois anos, num mandato como primeiro-ministro e numa candidatura a Belém, o seu grande sonho.
É óbvio que tudo isto se pode esfumar.
Para já, tudo são cenários. E, em cenários, Marcelo tem mostrado ser imbatível.
Talvez haja apenas um pecado capital: a impaciência. Por causa da impaciência fomos expulsos do Paraíso, por causa da impaciência não podemos regressar».
Assim escreveu (original e magnificamente) W.H. Auden.
Os jovens consideram normal a violência. Será normal?