«Caridade é perdoar, não transigir».
Assim escreveu (notável e magnificamente) Manuel Tamayo y Baus.
«Caridade é perdoar, não transigir».
Assim escreveu (notável e magnificamente) Manuel Tamayo y Baus.
Qualquer hora é boa para orar, maxime para celebrar a Santa Missa. Mas confesso que, ao cair da noite, tem outro sabor.
À noite, faz lembrar, ainda mais, a Última Ceia, onde tudo começou, onde ouvimos o que, agora, fazemos: Fazei isto em memória de Mim.
A Eucaristia é um acontecimento eminentemente vespertino. Foi, de facto, ao cair da noite que os disípulos de Emaús pediram a Jesus: Fica connosco, Senhor, porque anoitece.
E Ele ficou e deu-Se a conhecer ao partir do pão. Na Eucaristia, portanto.
Bento XVI defendeu que a leitura da Bíblia exige «a compreensão de cada texto individual a partir do conjunto».
O Santo Padre falava diante de 400 docentes, estudantes e funcionários do Instituto Bíblico Pontifício, por ocasião dos 100 anos da sua fundação.
Depois de sublinhar o aumento do interesse pela Bíblia no decorrer deste século, Bento XVI afirmou que, «graças ao Concílio Vaticano II, em especial à Constituição dogmática Dei Verbum, compreendeu-se ainda mais a importância da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja».
Esse mesmo documento, disse ainda, frisou a «legitimidade e necessidade do método histórico-crítico, resumindo-o em três elementos essenciais: atenção aos géneros literários: estudo do contexto histórico; exame do que se costuma chamar Sitz im Leben».
Para Bento XVI, «o pressuposto fundamental sobre o qual repousa a compreensão teológica da Bíblia é a unidade da Escritura».
O Sumo Pontífice deixou votos de que «a Sagrada Escritura se torne neste mundo secularizado não somente a alma da teologia, mas também a fonte da espiritualidade e do vigor da fé de todos os fiéis em Cristo».
«É à Igreja que é confiado o ofício de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita e transmitida, exercitando a sua autoridade em nome de Jesus Cristo», acrescentou.
Quando insistimos, demasiado, na racionalidade nem sempre conseguimos crescer.
A razão aponta-nos possibilidades que cabem no nosso entendimento.
Mas a fé mostra-nos horizontes oferecidos ao nosso coração.
A razão situa-nos uma coisa entre A e B.
A fé não conhece limites. Ele é o eco do Ilimitado.
«Eu sou um revolucionário pacífico, um pobre que sangra, um pai que chora, um português que ama».
Assim escreveu (sentida e magnificamente) o Pai Américo.
Dois efeitos são de anotar, num plano muito empírico, de toda esta questão Saramago: o livro vende-se bem e sobre a Bíblia fala-se bastante.