O empresários defendem que, no próximo ano, não deve haver aumentos salariais.
Motivo: a inflação não aumentou. Ou seja, se o custo de vida não cresce, não devem crescer os salários.
Por amor de Deus! Como se pode tratar assim quem trabalha?
Se o custa de vida não aumenta, tem aumentado a produção e, portanto, a receita.
Então as receitas não devem ser distribuídas por quem trabalha?
Os Gato Fedorento podem ter a sua graça, mas, sinceramente, acho desproporcionado que as maiores figuras do Estado se considerem no dever de ir a despacho ao programa.
Já lá estiveram a segunda e a terceira figuras do Estado: presidente da Assembleia da República e Primeiro-Ministro.
Por lá já passaram ex-Presidentes como Ramalho Eanes e Mário Soares.
É um pouco demais, confesso.
Pelos vistos, queriam terminar com uma ida do actual Chefe de Estado.
Ainda bem que o bom senso prevaleceu. Cavaco Silva não irá esmiuçar os sufrágios.
Não defendo a sacralização do poder. Mas a sua excessiva banalização também não contribui em nada para a dignificação da autoridade.
Um pouco de calma, por favor.
As declarações de José Saramago até podiam ser um pretexto para um diálogo sério e para um aprofundamento sereno da Teologia, da Escritura.
Impressiona ver como quem aparece a comentar surge com ar crispado e com um tom quase irado.
Quando temos Deus no coração não nos exaltamos.
Serenidade e paz.
Os concertos são a 2 e 3 de Outubro...do próximo ano. Mas os bilhetes já esgotaram.
Sinal dos tempos: corremos mais depressa atrás dos ídolos do que atrás de Deus?
Mais uma manhã de borrasca por todo o país.
Desta vez, em Lamego não houve nada de anormal.
Em Lisboa, foi um dilúvio.
Diz o jornalista que muitas tampas saltaram no Martim Moniz.
Não é só na rua que saltam tampas.
Não sei as causas primeiras nem conheço o objectivo último das declarações de Saramago.
De uma coisa, porém, estou seguro: quanto ao efeito.
A polémica em torno de Caim, o mais recente livro do Nobel, faz com ele seja um êxito. De vendas, claro.
Quatro anos numa função são quase nada.
Mas no futebol e, ainda por cima, numa altura em que os treinadores saem e entram a toda a hora, os quatro anos de Paulo Bento à frente da mesma equipa têm um (quase) sabor a eternidade.
A comunicação social obriga-nos a comprar toda a sorte de jogos.
A mesma comunicação social alerta-nos para o vício do jogo.
E esta?