Leia aqui.
Saramago falou. As televisões passam, ad nauseam, as suas declarações.
Provavelmente, o livro que lançou vai vender bem.
Tirando isso, que pretende o Nobel?
Não se tratará, lá no fundo, de um crente que se desconhece ou de um crente que não está com alguma coisa?
Parece que José Sócrates terá proposto coligações a todos os partidos.
Isto é espantoso.
Percebe-se que proponha alianças á esquerda (e, aí, fale com o BE e o PCP) ou à direita (e, nesse caso, convide o PSD e o CDS).
Agora, propor indiscriminadamente alianças a todos significa que o programa de governo é tão híbrido que dá para tudo.
Ou será o sinal de que a governação será tão à vista que cada medida será negociada com todos os partidos até haver um (ou dois) que adiram?
Lá se vai a convicção. Uma vez mais...
O problema não é o marketing.
O problema de comunicação da Igreja é de convicção.
Não sou contra cursos de comunicação.
Mas não há dúvida de que o melhor curso será sempre o aprofundamento da fé e a vivência do amor.
Tudo o resto virá por acréscimo.
Acreditem.
O maior comunicador da história nunca frequentou qualquer curso de publicidade.
O maior comunicador da história cativava por um único factor: pela autenticidade.
Hoje, é o dia do ano novo para os nossos irmãos hindus. Já vão no ano 2066.
Foi com emoção que vi imagens do templo hindu em Lisboa.
É que, quando lá estive e enquanto não havia tal templo, era no salão da Paróquia onde trabalhei que se realizava o culto hindu.
Presenciei muitas das celebrações. A convivência foi sempre pautada por um grande respeito e enorme serenidade.
Quando morria alguém, eu ia lá rezar por eles e os hindus vinham rezar pelos defuntos católicos.
Deus aproxima todos os que n'Ele crêem.
... em relação a tantos dircursos acerca d'Ele e a tantas atitudes em nome d'Ele!
(Espero que não se escandalizem, mas já os primeiros mártires morreram sob a acusação de ateísmo; eles confirmaram que o eram, sim, em relação aos falsos deuses, não em relação ao verdadeiro Deus)!
«Se não existissem pessoas más, os bons advogados também não existiriam».
Assim escreveu (atenta e magnificamente) Charles Dickens.
Era bom que alguns jovens de agora pensassem em que, um dia, também serão idosos. E era importante que reflectissem nisto: gostarão de ser tratados como eles os tratam agora?
Um dia, pensarão em direitos. Porque é que não pensam, agora, nos deveres?
Perante as recentíssimas declarações de José Saramago, zurzindo, com inusitado furor, em Deus e na Bíblia, a minha curiosidade redobrou.
Gostava de saber, sinceramente, os motivos últimos de toda esta acidez. Sim, porque o ateísmo de Saramago é totalmente diferente do ateísmo de Vergílio Ferreira e de Miguel Torga. Se é que a estes dois últimos cabe o qualificativo de ateu.
Será que o problema de Saramago é mesmo com Deus? Não será com alguém que fala em nome de Deus?
É claro que, a determinada altura, é difícil segmentar e destrinçar entre Um e outros. Mas era bom que dissesse tudo.
Para ficarmos esclarecidos. Palpita-me que Saramago ainda tem muito para (nos) dizer. Sobre Deus, a Bíblia, a Igreja, figuras e desfiguras da Igreja...
Oração: andamos tão preocupados com o excesso quando nem sequer sentimos o défice!