Às vezes, a companhia das outras pessoas não parece ser muito compatível com a companhia dos nossos ideais, com a companhia dos nossos valores.
Nessa altura, uma tentação sobrevém. Para termos a companhia das pessoas, abdicamos da companhia dos valores, das convicções.
É triste, mas, como avisa Pedro Mexia, «ficamos sozinhos quando somos exigentes. Ficamos sozinhos quando não mentimos. Ficamos sozinhos quando defendemos as nossas convicções».
É claro que não devia ser necessário fazer esta escolha cruel: entre a popularidade sem convicções e convicções sem popularidade. Mas se tiver de ser, que seja.
Afinal, os maiores solidários acabaram por ser os grandes solitários. A vida é mesmo paradoxal!