Muito se fala hoje do direito de falar. É um direito sagrado, sem dúvida.
Mas deve ser usado com recato, com respeito, com moderação.
Ainda ontem, alguém proclamava: «Comigo não há segredos».
Só que o direito de falar convive com o direito de calar. É importante que não abdiquemos dele.
Porque, com tanto ruído, com toda a gente a falar, ninguém ouve.
A palavra, entremeada com silêncio, torna-se mais madura, mais apetecível.
Falar e calar são dois condimentos (igualmente importantes) da comunicação.
A vida não é uma estrada com um único sentido. É preciso, em cada momento, optar pelo melhor.
Nem sempre a calar. Nem sempre a falar!