É sabido que o mundo não está bem.
A democracia facilitou o acesso ao consumo. Mas tal acesso ao consumo não tem a devida correspondência em justiça e bem-estar.
Aflige-me ver tanta gente pobre pelas ruas e pelas casas. E tanto desperdício e tamanha ostentação!
Mas quando vejo uma greve geral, a minha sensação é dupla. Compreendo os motivos, sou solidário com quem tem compromissos e não consegue meios para os satisfazer.
Por outro lado, continuo a pensar que o diálogo é a melhor via, a única via. Será que um grito vale mais que uma conversa serena?
Uma coisa, no entanto, é certa. É difícil ser político, governante, empresário. Mas duro mesmo, hoje em dia, é ser cidadão.
O fim do mês, em muitas casas, vem tingido pelo breu da incerteza...