Teimamos em ver o Estado como uma casa invertida, vista a partir do topo, construída a partir de cima.
Mas o Estado, como todo o edifício, só faz sentido se tiver alicerces. E os alicerces do Estado são as pessoas.
Já no século XIX, John Stuart Mill percebeu: «No final de contas, o valor do Estado é o valor das pessoas que o compõem».
Não é degolando as pessoas que o Estado se consolida.
A relação entre o Estado e a sociedade não pode ser antinómica nem sequer dialéctica.
O destino do Estado está, indelevelmente, ligado à sorte das pessoas.
Se as pessoas não viverem, o Estado sobreviverá?