É sabido como, hoje em dia, tudo o que é oriental atrai, seduz. O budismo, então, detém uma capacidade de fascínio verdadeiramente espantosa. Porquê?
Com mais um livro budista nas mãos, a luz começa a fazer-se. A razão fundamental está aqui: no essencial.
Os textos até poderão tornar-se repetitivos, mas não se tornam enfadonhos. Gravitam sempre à volta do mesmo: na bondade, na serenidade, na capacidade de ultrapassar as dificuldades, na insistência de optimizar o melhor que há em cada ser humano.
A imagem até pode ser demasiado idílica, mas cativa.
Sucede que nós, cristãos, transportamos uma proposta muito mais abrangente, muito mais motivante. Mas não é isso que mostramos. Por vezes, até mostramos o contrário. Tornamo-nos azedos, agressivos, quiçá desumanos.
Por isso temos pessoas que vão fazer retiros para a China durante anos quando aqui dificilmente aceitamos fazer uma recolecção de escassos dias.
Não deslustra aprender com os outros. Olhemos para Cristo. Aprendamos com Ele a sermos outros, a vivermos outramente, a não desistirmos dos nossos sonhos, a não descrermos jamais da bondade.
No budismo, encontro motivações acrescidas para (procurar) ser melhor cristão. Obrigado, pois.