O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quinta-feira, 11 de Fevereiro de 2010

É sabido como, hoje em dia, tudo o que é oriental atrai, seduz. O budismo, então, detém uma capacidade de fascínio verdadeiramente espantosa. Porquê?

 

Com mais um livro budista nas mãos, a luz começa a fazer-se. A razão fundamental está aqui: no essencial.

 

Os textos até poderão tornar-se repetitivos, mas não se tornam enfadonhos. Gravitam sempre à volta do mesmo: na bondade, na serenidade, na capacidade de ultrapassar as dificuldades, na insistência de optimizar o melhor que há em cada ser humano.

 

A imagem até pode ser demasiado idílica, mas cativa.

 

Sucede que nós, cristãos, transportamos uma proposta muito mais abrangente, muito mais motivante. Mas não é isso que mostramos. Por vezes, até mostramos o contrário. Tornamo-nos azedos, agressivos, quiçá desumanos.

 

Por isso temos pessoas que vão fazer retiros para a China durante anos quando aqui dificilmente aceitamos fazer uma recolecção de escassos dias.

 

Não deslustra aprender com os outros. Olhemos para Cristo. Aprendamos com Ele a sermos outros, a vivermos outramente, a não desistirmos dos nossos sonhos, a não descrermos jamais da bondade.

 

No budismo, encontro motivações acrescidas para (procurar) ser melhor cristão. Obrigado, pois.

publicado por Theosfera às 11:14

De António a 11 de Fevereiro de 2010 às 13:40
Eu sou um fã do Budismo, apesar de esta Doutrina ser intrinsecamente ateísta. Que importa,se a sua mensagem é belíssima e apela para uma superior ética de valores ? Não conheço, no Budismo, episódios sangrentos de guerras religiosas. Pode ser que exista, mas não conheço.Será por acaso ou porque os budistas também são imanentemente anti- proselitistas ?...

De Theosfera a 11 de Fevereiro de 2010 às 13:55
Bom Amigo, obrigado, uma vez mais. Por sinal, também factos de violência no Budismo, inclusive entre monges dos mesmos mosteiros («pagodes»). Isso só mostra que, como alertou alguém, nehuma religião tem o exclusivo da guerra nem o exclusivo da paz. Mas é indiscutível que há fartas sementes de Evangelho no Budismo. Obrigado por tudo. Que Deus o abençoe.
João António
padre

De Zen Portugal a 17 de Fevereiro de 2010 às 21:01
O Budismo precede o Cristianismo por uns 500 anos... dará a pensar que o Cristianismo tem bastantes elementos Budistas

De António a 19 de Fevereiro de 2010 às 14:13
Antes do Budismo, já o Hinduísmo se afirmara na sua mundividência teísta. Buda veio negar Deus, a Alma e o Eu individual, que o Cristianismo reconhece. Mas há uma linha comum entre essas visões da Vida:quer o Budismo, quer a Cristianismo apregoam a Bondade Humana. Que importa se uns acreditam em Deus e outros não,se Deus o que mais deseja é que todos os Seus filhos sejam pessoas de Bem ?...

De António a 19 de Fevereiro de 2010 às 19:22
Estava convencido que o Budismo nega Deus. Mas posso estar errado. Eventualmente negará uma concepção definida de Deus, o que não é sinónimo de negá-LO. Peço licença para aqui referenciar um vídeo muito interessante que aponta num sentido diferente ao que, nessa parte, no anterior comentário sustentei:

http://www.youtube.com/watch?v=FN8ZjDT86MY

De Zen Portugal a 19 de Fevereiro de 2010 às 22:03
Excelentes observações. O Budismo não nega necessáriamente deus, mas também não o afirma. O conceito de uma deidade não é necessário ao Budismo. O Budismo postula a transcendência por esforço próprio em vez de por intervenção externa ou divina.


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