Recordo muitos instantes, mas não me lembro de muitos dias da infância.
Os dias dos exames, porém, nunca se apagaram da minha memória.
Eram dias de pressão? Mas é bom convivermos, desde cedo, com o que tem a vida. E a vida pressiona-nos desde o princípio.
Eram dias de seriedade, de concentração. Mas também eram dias de alegria, de convívio.
Nos exames íamos geralmente a outras escolas. Víamos outros alunos e éramos examinados também por outros professores.
O regresso dos exames no primeiro ciclo não me parece, pois, um recuo. Parece-me, sim, um acto de lucidez.
Exame é o que devemos fazer sempre: aos conhecimentos e, já agora, aos comportamentos.
Aliás, ainda ontem, o Papa Francisco convidava ao exame de consciência diário.
Quem se vai conhecendo a si próprio aprende a conhecer os outros.
Uma saudação final para os colegas e para os professores de outrora. Todos deixaram marcas.
Foi um passado que não passou. Foi um passado que nunca passará!