Já que, nesta conjuntura difícil, minguam as ideias, que, ao menos, não definhe a esperança.
Não se trata apenas de encontrar uma solução para a crise. Trata-se, antes de mais, de vislumbrar um sentido que nos permita lidar com a crise.
Vaclav Havel disse o essencial quando sustentou que «a esperança não é a convicção de que alguma coisa acabará bem, mas a certeza de que alguma coisa tem sentido, independentemente do modo como acabará».
Como referiu Eduardo Lourenço, Portugal assemelha-se a «um milagre contínuo». Estamos sempre a vacilar, mas ainda não caímos.