A nossa vida é um permanente balanceamento entre o passado e o futuro.
Respiramos o que fomos enquanto suspiramos pelo que desejamos ser.
Fialho de Almeida expressou belamente esta espécie de «ping-pong» existencial: «Civilizado ou embrutecido, todo o homem é presa de duas forças rivais que constantemente se investem e disputam primazias. Uma, que o reporta ao passado e lhe transmite por hereditariedade as ideias, hábitos e modos de ser e de ver dos antecessores. Outra, evolutiva, que adapta o indivíduo aos meios novos, e não cuida senão de o renovar e transformar rapidamente. A vida humana não é mais que o duelo entre duas forças antagónicas»!