Quando os meios de informação eram escassos, a informação era relevante.
Quandos os meios de comunicação se multiplicaram, a informação tornou-se banal.
A pouquidade de meios levava, naturalmente, a uma selecção. Público era o que dizia respeito à vida de todos.
Acontece que o panorama se alterou. Os meios são mais que muitos. A informação é rápida. Tudo chega rapidamente a todos.
Daí que a sobrevivência dos meios tenha levado a que se opte pelo que só deveria interessar a cada um.
É estranho que a vida pública se faça, cada vez mais, com a vida privada.
Sinal dos tempos. Era bom que se pensasse.
A multiplicação de meios pode conduzir à sua crescente irrelevância.
Os jornais vendem cada vez menos. As televisões mostram audiências cada vez mais baixas.
Há quem faça das redes sociais uma espécie de «catacumbas» donde se desferem toda a sorte de insinuações anónimas.
Importante seria que se reflectisse e inflectisse.
Uma pergunta deveria ser feita: que contributo oferece este clima para nos tornar melhores pessoas, mais decentes?