Vivemos, hoje, entre a nostalgia do silêncio e a turbulência das palavras.
Precisamos das palavras para comunicar. Mas necessitamos também do silêncio para viver.
A palavra e o silêncio não estão em contradição. Requerem-se.
Clarice Lispector confessava, há mais de quatro décadas, que «estilhaçar o silêncio em palavras é um dos meus modos desajeitados de amar o silêncio. E é quebrando o silêncio que, muitas vezes, tenho matado o que compreendo. Se bem que - glória a Deus - sei mais silêncio que palavras»!