D. Óscar Romero, intrépido defensor dos mais pobres em El Salvador, foi assassinado neste dia, em 1980, quando celebrava a Eucaristia.
D. Óscar foi morto por causa da sua verticalidade. Porque nunca tergiversou.
Recebeu ameaças sucessivas para que se calasse. Mas não se calou. Humilde, considerava não ser digno da «graça do martírio».
Só que as balas surgiram e irromperam, cruéis, pela Igreja em que oficiava.
O seu exemplo marcou-me bastante. Na minha vida de padre, o seu testemunho interpela-me constantemente.
Um Homem de Deus é sempre um Homem para os Homens.
D. Óscar Romero levou a Eucaristia à vida e à morte.
Foi alguém que leu o Evangelho nos livros e o reescreveu na vida.
Morreu com um tiro no coração. Porque era o seu coração que mais incomadava.
Curiosamente é no coração das pessoas que D. Óscar sobrevive.
E é no coração de Deus que D. Óscar se mantém vivo e vivificante.
Vale a pena viver assim. Vale a pena morrer assim. Tanto mais que quem assim morre nunca falece. Permanece para sempre!