Existem as leis, existem as normas, existem os princípios e, a despeito de tudo isso, existe a realidade.
O problema é que nem sempre se verifica o encontro devido e a sintonia esperada. De facto, o mais das vezes avulta um desencontro acentuado e uma dessintonia marcante entre as leis e a vida, entre as normas e as pessoas, entre os princípios e a realidade.
Como proceder? Diluir os valores, dissolvendo-os na realidade? Ou adequar a realidade, adaptando-a aos valores?
Em tempo de pensamento débil, é sabido que a tendência é para a banalidade. É para pensar como se vive e não tanto para viver como se pensa.
É claro que, além das leis, temos de contar com a sensatez. Mas baixar a fasquia da exigência não será o melhor serviço que se presta.
Ou será que queremos ser meros gestores da decadência?