E, de repente, parece que os papéis se inverteram.
Quem olha para as televisões, fica com a sensação de que os factos políticos são apresentados como religiosos e os factos religiosos são apresentados como políticos.
Os funerais de Hugo Chávez exibem um forte pendor religioso, sendo o finado rodeado de uma espécie de aura que espevita o culto popular.
Já as imagens que chegam de Roma parecem insinuar a existência de jogos de poder na eleição do Papa.
As televisões são um espelho. É suposto que mostrem o que acontece. Mas isso raramente sucede.
As televisões não mostram apenas as coisas como ocorrem; mostram-nas também (e bastante) como são vistas.
Ou seja, as televisões fornecem não somente factos, mas sobretudo interpretações.
O problema é que as interpretações (incluindo as distorcidas) prevalecem sobre os factos.
Em Roma, creio haver, acima de tudo, oração e meditação.
Deus já fez a Sua escolha. Há quem esteja a escutá-Lo para, dentro de dia, poder decidir!