Sempre acutilante, o Padre António Vieira asseverou: «Os textos são da justiça, as interpretações podem ser da lisonja».
É claro que nem todos os textos serão justiça. E nem todas as interpretações serão lisonja.
Mas, não raramente, o que um texto assinala como urgente acaba por ser desfeiteado por uma interpretação que amortece o que foi dito.
Eis o que acontece com leis, constituições ou doutrinas.
Há interpretações que não mostram o sentido. Procuram, tão-somente, eliminá-lo!