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Segunda-feira, 21 de Janeiro de 2013

1. O que faz a diferença, hoje em dia, não é o conhecimento. É o comportamento.

O acesso ao conhecimento está ao alcance de um clique. Tudo está, portanto, acessível a (quase) todos.

O que faz, cada vez mais, a diferença é o comportamento. Este não está disponível na net. O comportamento só está disponível na vida.

 

2. Goethe percebeu que «o comportamento é um espelho em que cada um vê a sua própria imagem».

Mas será que gostamos do que vemos? O que a educação, afinal? Tanta coisa e, por vezes, a sensação de quase nada em tanta coisa.

 

3. Da educação esperamos o máximo e acabamos por verificar que, frequentemente, nem o mínimo conseguimos obter.

À educação exigimos tudo e damos quase nada. Achamos que a educação é feita de conhecimentos, mas esquecemos que ela também é feita de comportamentos.

 

4. Que importa ter um conhecimento de excelência se ele não é capaz de alicerçar uma conduta decente? Para que servem os conhecimentos se eles não ajudam a ter uma convivência sadia?

Acredito que existe uma interdependência entre dois domínios. E que deve haver uma aliança entre os respectivos agentes.

O conhecimento ajuda a melhorar o comportamento. Mas o comportamento também ajuda a estimular o conhecimento.

 

5. Não raramente, achamos que a escola é só para dar conhecimentos e que a família é só para fornecer comportamentos.

Esquecemos que é na família que começa a germinar a predisposição para o conhecimento e que é na escola que se começam a testar os comportamentos.

 

6. Acontece que o sistema escolar costuma premiar o conhecimento positivo e reprimir o comportamento negativo. Habitualmente, sanciona-se o comportamento violento, mas não se dá um prémio ao comportamento exemplar.

Dir-se-á que o comportamento exemplar é um dever de todos. Certo. Mas a realidade mostra que a tendência é para que o comportamento exemplar seja mais a excepção do que a norma.

Will Durant denunciou que, por vezes, «a educação é a transmissão da civilização». Estuda-se a civilização, mas há quem pratique a incivilização.

 

7. A escola e a família dependem uma da outra. Por isso, deviam interagir ao máximo olhando-se mutuamente como aliadas e não como adversárias.

No entanto, os últimos tempos mostram que, em vez de fornecerem apoios, a escola e a família propendem a distribuir culpas recíprocas. A família acha que a responsabilidade do insucesso escolar é dos professores. A escola entende que a raiz do problema está em casa.

 

8. Salomonicamente, poderia dizer que a razão está nos dois lados. E até poderá estar. Mas é indiscutível que tudo depende dos começos. Pelo que o papel da família é determinante.

Aquilo que se recebe no berço pode ser, sem dúvida, melhorado. Mas aquilo que não se recebe em casa dificilmente poderá ser suprido ou corrigido.

 

9. Não se trata sequer de uma opinião pessoal, mas de um dado elementar que a realidade emite.

Nas famílias há muitas dificuldades. Nas famílias há muitas possibilidades. É preciso dar condições à família para que os seus membros possam desempenhar o seu papel e cumprir a sua missão.

publicado por Theosfera às 13:18

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