Para aprender, é preciso haver quem ensine.
Estamos num tempo em que há mestres de (quase) tudo.
Mas como faltam mestres de humanidade, não espanta que haja falta de humanidade.
Tolentino de Mendonça reparou nesta lacuna: «Faltam-nos, hoje, mestres de humanidade. Faltam cartógrafos do coração humano, dos seus infindos e árduos caminhos, que, por fim, se revelam extraordinariamente simples. Falta-nos uma nova gramática que concilie os termos que a nossa cultura tem por inconciliáveis: razão e sensibilidade, eficácia e afectos, individualidade e compromisso social, gestão e compaixão».
Quem vai suprir esta carência? Quem vai dar corpo a esta urgência?
Como aprender humanidade se quase ninguém parece ensinar humanidade?
E como ensinar humanidade que quase ninguém parece interessado em aprender humanidade?