Quem odeia os outros será que se ama a si mesmo?
Cesare Pavese não tinha dúvidas: «Odeiam-se os outros porque se odeia a si mesmo».
O ódio é o irmão gémeo, embora desavindo, do amor. Tal como o amor ao próximo é uma sequência do amor a si mesmo (cf. Mt 22, 39), também o ódio ao próximo acaba por ser uma consequência do ódio a si mesmo.
Por aqui se vê como quem odeia não estará cheio de si. Poderá estar (e está certamente) vazio de si, delapidado dentro de si!