Não é este frio que gela. Este frio até pode despertar.
O frio que nos traz gelados é o da perda das referências.
O frio que nos deixa depauperados é do desaparecimento dos ideais.
Atingem-se pessoas. Imolam-se projectos. Degolam-se horizontes.
Estamos no tempo da «liquididade», termo cunhado por Zygmunt Baumann.
Tudo é líquido neste tempo chuvoso. Nada parece ser sólido. Mas acredito num despertar!