No que concerne ao dinheiro, há um desencontro insanável entre poder e dever.
A vida, com a sua sapiência irrebatível, diz que quem pode não deve e quem deve não pode.
Quem tem possibilidades não tem dívidas. Quem tem dívidas raramente tem possibilidades.
Os líderes deviam perceber isto com muita nitidez e actuar em conformidade.
O enfoque obsessivo na dívida está a ter proporções assustadoras. No limite, está a limitar pessoas e povos, que, deste modo, não conseguem meios sequer para saldar o que devem.
É que, no fundo, são os que menos podem que continuam a ser sobrecarregados.
As dívidas dos povos são da responsabilidade de alguns. Mas o seu pagamento é remetido a muitos: aos que menos podem!