Nos seus muitos séculos de intervenção, o pensamento tem-se debruçado «apenas» sobre dois temas: o mundo e o homem.
Tudo o resto, que é muito e muito bom, são variáveis destes dois eixos estruturantes.
Alexander Pope reconhece que «o estudo interessante para o homem é o próprio homem».
Não se pense que se trata de um estudo fácil ou de um terreno óbvio.
Se Deus é mistério («mysterium stricte dictum», como dizia Matias Scheeben), o homem também está envolvido pelo mistério.
Nietzsche assumia que «o homem é o ser mais distante de si mesmo».
O mistério velado no homem desvela-se no Filho de Deus feito Homem.
E essa revelação tipifica o modelo de uma existência doada, de uma vida em forma de dom.
É como dádiva que Cristo - assim notava Karl Rahner - «é a resposta total à pergunta total».
É como dádiva que, como acentua o Concília Vaticano II, «Cristo revela o homem ao homem»!