Que esperar da Igreja numa situação de crise?
Calar-se? Pairar? Agir sem falar? Apoiar as vítimas da injustiça sem pugnar pela justiça?
Não se esperará que a Igreja seja apóloga do antipoder.
Mas também não se aceitará que a Igreja se mostre eco do poder.
Na linha de Jesus, a Igreja só pode estar ao lado do não-poder constituindo o repositório da esperança dos que são postos à margem pelo poder.
Uma Igreja samaritana não fica de lado. Tem esperança, mas não é espectadora nem fica expectante. Caminha ao lado. Junta a voz.
Hoje em dia, Deus não está só nas alturas. Está sobretudo nas profundezas. Nas profundezas da vida, da pobreza.
É com os pequenos que Jesus está. É acima de tudo com os pequenos que a Igreja de Jesus tem de estar!