Há quem confunda concordância com unidade. É um equívoco.
A vida é polifónica. Não é monocolor.
Há certos discursos sobre a unidade que mais não são do que tentativas de imposição de um pensamento único, dominador.
É possível estar unido mesmo discordando. Eu diria que o grande sintoma da unidade é quando ela subsiste na própria dissonância.
Mas é tão difícil. As pressões chovem. As ameaças sucedem-se. As exclusões multiplicam-se.
Uma coisa, entretanto, é certa. Foi John Kennedy quem nos advertiu: «Quando estamos divididos, pouco poderemos fazer; quando estamos unidos, pouco será o que não poderemos realizar»!