Volta e meia, ouvimos falar de «países descristianizados».
Ora são estudos que saem, ora são opiniões emitidas.
Fico sempre com alguma retracção em relação a estas avaliações.
É um facto que as sociedades se mostram cada vez mais religiosamente oscilantes. Mas também o que é estável nos tempos que correm? É certo que o religioso remete para o perene, para o eterno. Mas as suas expressões ocorrem no âmbito do efémero, do transitório, do volátil.
O que me parece é que não se pode confundir «sociedades deseclesializadas» com «sociedades descristianizadas».
As pessoas podem ir menos às igrejas. Podem ir mais como turistas do que como peregrinos.
Mas o «logos spermatikos»(a semente do Verbo) mantém-se. Talvez mais no fundo. Seguramente mais no interior.
Mas não é no fundo e no interior que Cristo mais Se encontra?